tag:blogger.com,1999:blog-55314138416254453572024-02-18T17:46:06.893-08:00Clarear A pedagogia Waldorf em debateClarear é uma proposta de reflexão e renovação da prática da pedagogia Waldorf. Relata a história de crianças que estudaram em escolas Waldorf e traz por meio de críticas e perguntas dos pais Waldorf a possibilidade de aprimoramento da prática pedagógica. Clarear convida pais, educadores, escolas para um grande balanço e revisão, para a construção de uma escola melhor.Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.comBlogger47125tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-61622024779129464042016-09-13T17:16:00.001-07:002016-09-14T04:56:46.819-07:00Conheça este trabalho: blog educandotudomuda.com.br<a href="http://educandotudomuda.com.br/?p=501"></a><br />
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É com imensa satisfação que convido vocês para conhecer o blog <b>Educandotudomuda</b>, meu novo trabalho. <b>Educandotudomuda</b> tem por missão disseminar a cultura da infância,<br />
cuidando e valorizando este período tão importante da existência humana. Além disso tem por objetivo desenvolver projetos educacionais com foco no autoconhecimento/autoeducação,<br />
e arte na educação.<br />
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Demos início com três propostas:<br />
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-Projeto <b>Playoutside, alegria de brincar na natureza</b>, que promove encontros em parques, praças, jardins para a integração entre pais e crianças visando a reconexão com a natureza<br />
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-Projeto <b>Cine reflexão</b>, com exibição do filme <b>"O começo da vida" </b>seguido de animada e reflexiva roda de conversa<br />
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-Curso online<b> "Advento, a magia do Natal"</b>, sugestões de espera e preparação para a época do Natal com as crianças, com indicação de músicas e histórias, além de montagem de presépio em feltro e arranjo de mesa<br />
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Peço que acessem o blog e se cadastrem para receber as novidades e um ebook gratuito. Deixem comentários por lá, cada opinião é importante para a construção deste trabalho. Divulguem para os amigos nas redes sociais e ajudem a espalhar boas sementes pelo mundo.<br />
<b>Porque educação muda pessoas e pessoas transformam o mundo</b>.<br />
Vejo vocês lá!<br />
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forte abraço<br />
Ana Lúcia Machado<br />
<a href="http://educandotudomuda.com.br/?p=501" target="_blank">http://educandotudomuda.com.br/?p=501</a>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-79204286552252827582016-05-24T06:30:00.000-07:002016-06-15T16:37:34.192-07:00Alerta para pais e educadores: Não perca a grande oportunidade que toda esta corrupção, mentiras e trapaças que nos cercam estão oferecendo para reforçar as grandes virtudes, os valores morais e éticos com filhos e alunosVocê,assim como eu, sonha com uma sociedade mais ética, justa, respeitosa não é mesmo? Você também aspira que seus filhos se tornem cidadãos do bem, críticos, capazes de transformar o mundo, certo? Pois então, o cenário político brasileiro que está escancarado diante de você é uma grande oportunidade de fortalecer os ensinamentos das grandes virtudes, dos valores éticos e morais. Não deixe passar a oportunidade para uma conversa aberta e franca sobre toda esta corrupção,mentiras e trapaças que de tão frequente e corriqueira, pode parecer normal. Segue abaixo um excelente artigo da psicóloga e consultora em educação Rosely Sayão, <a href="http://">http://blogdaroselysayao.blog.uol.com.br/</a>,publicado no Jornal Folha de São Paulo em 26/04/2016, para sua reflexão:<br />
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<blockquote></blockquote>"Desde que a imprensa passou a publicar toda a crise política de nosso país e que as primeiras manifestações populares relacionadas a essa crise ganharam os espaços públicos reais e virtuais, e, portanto, visibilidade, os educadores - familiares e escolares - ficaram em apuros. Como ensinar ao filho que é importante que ele seja honesto, quando ele ouve ou lê, todo santo dia, relatos de acusação ou de suspeita de desonestidade de políticos, empresários, funcionários de empresas, etc.?<br />
Como passar ao filho a importância do respeito ao outro, quando ele testemunha, pela imprensa e pela internet, o desrespeito que temos tido com as opiniões diferentes das nossas? Está difícil, bem difícil, mas é bom saber que, mesmo sendo uma tarefa árdua, é possível educar bem os mais novos, mesmo nesse contexto tão adverso. E exemplifico com o relato que uma mãe me encaminhou da conversa dela com o filho, de pouco mais de dez anos.<br />
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Ela contou que o menino disse a ela que roubar até que poderia ser bom, já que quem rouba fica rico. Ela assustou-se com a observação - na verdade, desesperou-se -, já que se empenha de corpo e alma na formação ética e moral dos filhos. Mas conseguiu se sair muito bem! Essa mãe disse ao garoto que ser rico não é a coisa que ela considera importante na vida dos filhos, nem ter sucesso ou fama. Lembrou a ele que ela fazia de tudo para que os filhos aprendessem a ser pessoas que jamais prejudicariam outras, e que soubessem o valor da honestidade, do respeito e da generosidade.<br />
Ao final da conversa, ela ficou emocionada ao ouvir o filho dizer que era por isso que ele a amava tanto. Eu também me emocionei ao ler a mensagem.<br />
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Vivemos em uma sociedade individualista já faz tempo. Isso significa, muitas vezes, ensinar aos mais novos que seus pares são, em muitas situações, uma ameaça, um perigo. Há escolas que, em datas próximas a vestibulares, Enem e outros exames, passam aos alunos a ideia de que eles terão de "derrubar" um determinado número de colegas para ter o seu lugar garantido. Não há nada de bom nesse ensinamento."Mas não é essa a realidade em que vivemos?", você pode me perguntar, caro leitor. Sim, é. Mas podemos escolher fazer parte dela ou sermos críticos em relação a diversas facetas dessa sociedade, considerando que nossos filhos poderão ajudar a transformar o contexto cultural, quando se tornarem adultos.<br />
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Foi na década de 1960 que muitos jovens aderiram à contracultura, um movimento que contestava e reagia aos valores dominantes da época. Mas hoje fazemos de tudo para que nossos filhos aceitem passivamente os valores que nossa sociedade prioriza. Não é à toa que a frase que eles mais usam para convencer os pais quando querem que eles permitam algo é "Todo mundo tem, faz, vai, etc.". Eles já sentiram que os pais valorizam a cultura dominante, não é?<br />
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Não precisamos nem devemos doutrinar filhos e alunos para que assumam a nossa posição! Precisamos e devemos formá-los cidadãos conscientes, livres, críticos pelo conhecimento, para que, quando chegarem à maturidade, façam suas escolhas criticamente formados.Educar para que os mais novos se tornem pessoas e cidadãos de bem pode estar difícil, mas não é uma missão impossível se priorizarmos os ensinamentos das grandes virtudes, da moral e da ética."<blockquote></blockquote><br />
Ana Lúcia Machado<br />
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Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-62663839174199828142016-05-07T16:50:00.000-07:002016-06-15T16:34:40.230-07:0010 livros para entender o método da Pedagogia Waldorf e muitas razões pela qual reconheço que atingi meu objetivo<br />
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Há muito tempo que não me expresso aqui neste blog, que foi criado para divulgar o livro "Clarear - A Pedagogia Waldorf em debate", e estimular a reflexão sobre a prática desta metodologia nas escolas Waldorf. Reconheço que este espaço cumpriu seu propósito. Este blog deu voz a muitos pais, professores, alunos e ex-alunos que quiseram compartilhar suas histórias, dúvidas e angústias. A discussão provocada pelo livro impulsionou algumas iniciativas, entre elas uma grande pesquisa promovida pela REWA - Reflexão sobre a Pedagogia Waldorf no Brasil que levantou muitos pontos a serem revistos pela comunidade. Fui chamada em vários momentos pela liderança deste movimento de renovação a participar de discussões, indicar pessoas para serem entrevistadas, etc... <br />
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O ano passado fui surpreendida ao fazer uma pesquisa na internet e descobrir que o livro CLAREAR foi selecionado entre 10 livros que ajudam a entender o método da Pedagogia Waldorf, pelo site Net Educação (<a href="http://">http://neteducacao.com.br/noticias/home/pedagogia-waldorf-10-livros-para-entender-este-metodo-de-ensino</a>). Como autora do livro, seminarista que fui no curso de formação de professores desta pedagogia e principalmente como mãe de duas crianças que estudaram nessa escola, saber que esta publicação alcançou este patamar de relevância me causa satisfação. Toda iniciativa é suscetível de críticas, aceitação e rejeição. E considerando todo o processo desde a publicação do livro, tenho a certeza que o mesmo cumpriu seu papel e tornou-se uma referência na área educacional. <br />
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Hoje meu filho mais velho, protagonista de uma das histórias do livro, está cursando Economia na USP, e percebo que nossa escolha pela mudança de linha pedagógica, foi uma decisão acertada. Cada ser tem necessidades individuais que precisam ser respeitadas, uma escola que é excelente para muitos, pode não ser a melhor para seu filho. Cabe a nós pais, estarmos atentos o tempo todo aos sinais que nossos filhos nos dão e termos a abertura para mudanças de percurso. Aproveito para mais uma vez agradecer aos pais que tornaram pública as histórias de seus filhos e também ao querido Professor Ruy César do Espírito Santo, educador de corpo e alma que acolheu calorosamente meu projeto e prefaciou o livro. <br />
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Para finalizar quero contar que brevemente darei início a um novo projeto que será compartilhado aqui, e na ocasião do lançamento você será meu convidado para seguir comigo um novo caminho. Se você desejar receber as informações em primeiríssima mão sobre meu novo projeto envie uma mensagem para: analucianaturalarte@yahoo.com.br <br />
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Gratidão e carinho<br />
Ana Lúcia Machado Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-26372144733363617062013-04-23T16:23:00.004-07:002016-08-15T15:23:37.439-07:00COMO FAZER DO MEU FILHO UM FUTURO LEITOR? <br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Uma das lembranças preciosas da infância que guardo no coração é quando eu sentava no colo de minha mãe e ela lia histórias para mim. Adorava esse momento! Lembro me da história <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“A casa que Pedro fez”</b>, os chamados contos acumulativos. Pedia para ela repetir, duas, três vezes. Sabe aquela frase conhecida da criança: “de novo”?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quem tem filhos, sobrinhos, netos, alunos pequenos, sabe o que eu estou dizendo. As crianças não se cansam das histórias. As histórias são alimento para a alma infantil e para a nossa também.<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Amo os livros, as palavras! Saboreio-as como a um bom prato. Umas são picantes, outras<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>suaves. Algumas calam fundo e ficam lá dentro da gente, ressoando por muito tempo. Algumas são extremamente sonoras e sinto prazer ao pronunciá-las, são melodiosas como uma canção. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Certos livros às vezes me despem, deixam minha alma nua. Revelam o mais íntimo do meu ser e chego a perguntar como não fui eu que escrevi tais palavras? <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Mário Quintana</b> declarou que <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente e não a gente a ele”.<o:p></o:p></b></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">A leitura é aventura, diversão, é estímulo para a imaginação. Ler nos alimenta, traz alento, consolo, auto conhecimento. Leio na sala de espera do dentista, na fila do banco, no trânsito, no cabeleireiro. Na cabeceira da cama tenho vários títulos, ora leio poesia, ora um romance. <o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Ler é transformador e libertador. A história do ex-presidiário <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Luiz Alberto Mendes</b> é surpreendente. Ele passou mais de 30 anos encarcerado. Foi na prisão que descobriu o prazer pela leitura e isso mudou toda a sua história. Ele relata que lia dentro da cela lotada, com todas as condições desfavoráveis para qualquer tipo de atividade produtiva. De leitor, passou a autor. Escreveu e publicou seu primeiro livro <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Memórias de um sobrevivente”</b>. É hoje um homem livre. Vale a pena conhecer a história desse guerreiro. <o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Li muito para meus filhos quando eram pequeninos. Lia contos de fadas. Os contos de fadas falam em uma linguagem simbólica, universal. Há nos contos de fadas uma riqueza infinita<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e não é necessário explicar nada à criança porque<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ela assimila e digere de acordo com a necessidade da sua alma.<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Às vezes os pais perguntam: quando começar a ler para meu filho? Como fazer do meu filho um futuro leitor? Simplesmente leia. Sinta prazer na leitura e seu filho também sentirá. Ame os livros e ele também amará. Não deixe essa responsabilidade inteiramente nas mãos da escola. Muitas vezes a consciência da importância da leitura chega tarde demais, na época do vestibular, quando o jovem será <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>obrigado a ler Machado de Assis, Graciliano Ramos, entre outros. Essa história começa em casa:<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">“Era uma vez um pai e uma mãe que todas as noites contavam uma história para o filho...<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"> </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Calibri;">E a criança cresceu, aprendeu a ler. Leu seu primeiro livro, depois o segundo e nunca mais parou de ler livros.”<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"> </div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Deixo aqui a história que minha mãe contava para mim todas as noites: <o:p></o:p></span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #555555; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esta é a casa que Pedro fez</span></b></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><div> </div></b><div style="text-align: center;"><span style="color: #555555; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Este é o trigo</span></div><div style="text-align: center;">Que está plantado no quintal da casa que Pedro fez</div><div style="text-align: center;">Este é o rato</div><div style="text-align: center;">Que comeu o trigo</div><div style="text-align: center;">Que está na casa que Pedro fez.</div><div style="text-align: center;">Este é o gato,</div><div style="text-align: center;">Que matou o rato,</div><div style="text-align: center;">Que comeu o trigo</div><div style="text-align: center;">Que está na casa que Pedro fez.</div><div style="text-align: center;">Este é o cão,</div><div style="text-align: center;">Que espantou o gato,</div><div style="text-align: center;">Que matou o rato,</div><div style="text-align: center;">Que comeu o trigo</div><div style="text-align: center;">Que está na casa que Pedro fez.</div><div style="text-align: center;">Esta é a vaca de chifre torto,</div><div style="text-align: center;">Que atacou o cão,</div><div style="text-align: center;">Que espantou o gato,</div><div style="text-align: center;">Que matou o rato,</div><div style="text-align: center;">Que comeu o trigo</div><div style="text-align: center;">Que está na casa que Pedro fez.</div><div style="text-align: center;">Esta é a moça mal vestida,</div><div style="text-align: center;">Que ordenhou a vaca de chifre torto,</div><div style="text-align: center;">Que atacou o cão,</div><div style="text-align: center;">Que espantou o gato,</div><div style="text-align: center;">Que matou o rato,</div><div style="text-align: center;">Que comeu o trigo</div><div style="text-align: center;">Que está na casa que Pedro fez .</div><div style="text-align: center;">Este é o moço todo rasgado,</div><div style="text-align: center;">Noivo da moça toda mal vestida,</div><div style="text-align: center;">Que ordenhou a vaca de chifre torto,</div><div style="text-align: center;">Que atacou o cão,</div><div style="text-align: center;">Que espantou o gato,</div><div style="text-align: center;">Que matou o rato,</div><div style="text-align: center;">Que comeu o trigo</div><div style="text-align: center;">Que está na casa que Pedro fez.</div><div style="text-align: center;">Este é o padre de barba feita,</div><div style="text-align: center;">Que casou o moço todo rasgado,</div><div style="text-align: center;">Com aquela moça toda mal vestida,</div><div style="text-align: center;">Que ordenhava a vaca de chifre torto,</div><div style="text-align: center;">Que atacou o cão,</div><div style="text-align: center;">Que espantou o gato,</div><div style="text-align: center;">Que matou o rato,</div><div style="text-align: center;">Que comeu o trigo,</div><div style="text-align: center;">Que está na casa que Pedro fez.</div><div style="text-align: center;">Este é o galo que cantou de manhã,</div><div style="text-align: center;">Para acordar o padre de barba feita,</div><div style="text-align: center;">Que casou o moço todo rasgado,</div><div style="text-align: center;">Com a moça toda mal vestida,</div><div style="text-align: center;">Que ordenhava a vaca de chifre torto,</div><div style="text-align: center;">Que atacou o cão,</div><div style="text-align: center;">Que espantou o gato,</div><div style="text-align: center;">Que matou o rato,</div><div style="text-align: center;">Que comeu o trigo</div><div style="text-align: center;">Que está na casa que Pedro fez.</div><div style="text-align: center;">Este é o fazendeiro que colheu o milho,</div><div style="text-align: center;">Para dar ao galo que cantou de manhã,</div><div style="text-align: center;">Para acordar o padre de barba feita,</div><div style="text-align: center;">Que casou o moço todo rasgado,</div><div style="text-align: center;">Com a moça toda mal vestida,</div><div style="text-align: center;">Que ordenhava a vaca de chifre torto,</div><div style="text-align: center;">Que atacou o cão,</div><div style="text-align: center;">Que espantou o gato,</div><div style="text-align: center;">Que matou o rato,</div><div style="text-align: center;">Que comeu o trigo</div><div style="text-align: center;">Que está na casa que Pedro fez .<o:p></o:p></div><div style="text-align: center;"></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: center;"><span style="color: #555555; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span></div><div style="text-align: center;"></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify;"><span style="color: #555555; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Abraço fraterno</span></div><div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 15pt; text-align: justify;"><span style="color: #555555; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span><span style="color: #555555; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 11.5pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Ana Lúcia Machado<o:p></o:p></span></div><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: center;"><o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1wfJ0YS23ESb-qh1c86T6Ck5wvczgyk10v5p5YZMWm1QdhJq4Cp6ZD4IJlj2siWGfibA0MvGVPBnuZj5kNlWTIOZSm2e3KC8gcV3wK0XLSp7Ym6WpRylsJn6TcuIuttnM1GKnk3-VqdAl/s1600/DSCN0266.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1wfJ0YS23ESb-qh1c86T6Ck5wvczgyk10v5p5YZMWm1QdhJq4Cp6ZD4IJlj2siWGfibA0MvGVPBnuZj5kNlWTIOZSm2e3KC8gcV3wK0XLSp7Ym6WpRylsJn6TcuIuttnM1GKnk3-VqdAl/s320/DSCN0266.JPG" width="320"></a></div>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-4698954391477033892013-03-15T19:31:00.000-07:002013-04-23T17:02:22.044-07:00BRINCADEIRAS INFANTIS<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Sempre tenho<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>vários
livros na minha cabeceira.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Degusto um
pouquinho aqui, outro pouquinho ali. Nunca falta a poesia, ora <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Fernando Pessoa</b>, ora <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Hilda Hilts</b>, entre outros. Passeio por
romances, crônicas, etc. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Acabo de
ler<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Minha vida de menina</b>” de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Helena
Morley</b>, pseudônimo de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Alice Dayrell
Caldeira Brant</b> (1880-1970).<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Tendo como pano de fundo o Brasil <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pós <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>abolição da escravatura e proclamação da
República, Helena narra seu dia-a-dia em sua cidade natal, Diamantina, entre
1893 e 1895. O livro foi publicado pela primeira vez em 1942. Através do diário
da adolescente, tomamos conhecimento sobre os costumes da sociedade da época, a
estrutura familiar e todo o universo que cerca essa garota, com seus conflitos,
temores e sonhos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Em 2004 o livro foi adaptado para o cinema e dirigido por <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Helena Solberg</b>. Foi assim que descobri
o livro. Fiz o inverso do que estou habituada a fazer: primeiro vi o filme.
Gosto de criar as minhas próprias imagens para depois<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>me expor às imagens construídas por
terceiros. Mas isso não vem ao caso.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">O que pretendo compartilhar e comentar aqui, é um trecho do
livro que me chamou muito a atenção. Certa vez Helena sofreu uma queda de um
cavalo e machucou o joelho, o que lhe obrigou a ficar em repouso, presa dentro
de casa. Com relação a este episódio, ela tece o seguinte comentário: “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Como é horrível ficar presa num rancho,
sabendo que há tanta coisa boa para a gente fazer! Quando eu penso que podia
estar no córrego pescando ou mesmo atrás das frutas do mato, dos ninhos de
passarinho, armando arapuca e tudo...”</b> Ela continua a se lamentar e diz que
só voltará <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a se sentir feliz quando
estiver novamente lá fora.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Passados aproximadamente 117 anos, quanta coisa mudou! Não
poderia ser diferente. Mas constatar que hoje a realidade de nossas crianças é
completamente oposta, causa-me espanto. Atualmente nossas crianças não sabem
mais o que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fazer do lado de fora. Não
apenas as crianças que vivem nos grandes centros urbanos. E<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mesmo essas, em férias no campo ou na praia,
não conseguem explorar todas as possibilidades que o mundo fora de casa <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pode proporcionar.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Apesar de morar em São Paulo, vivi minha infância num tempo
que ainda era possível brincar na rua. Andávamos de bicicleta, brincávamos de
pega-pega, esconde-esconde, duro ou mole, queimada, etc...tudo na rua. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">A crescente violência<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>aos poucos fez com que levantássemos muros, nos isolássemos. Com o tempo
vários fatores modificaram os brinquedos e as brincadeiras infantis. Hoje uma
criança que machuque uma perna, não se importará com isso tanto quanto Helena
Morley.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A criança de hoje lamentará na
mesma proporção que Helena, se ferir seus olhos ou mãos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Não se trata de saudosismo, quero apenas destacar a
necessidade de equilíbrio entre o dentro e fora. Quero ressaltar também a importância
da busca por uma vida mais integrada à natureza. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">A tela do pintor holandês <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Pieter Bruegel</b> (1525-1569) <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>intitulada “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Brincadeiras Infantis” </b>mostra muitas crianças brincando. <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Rubem Alves, </b>poeta, filósofo
brasileiro, diz que já enumerou 60 brincadeiras nesse quadro. A maioria das
brincadeiras de Bruegel, são do lado de fora.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Que possamos nos inspirar e brincar!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Abraço fraterno,<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Ana Lúcia Machado<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<o:p><span style="font-family: Calibri;"> </span></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEld0gmDKAgD8Au_h_TpFpHc5lj5HjWa_t3f927_XLIvNqpgsF7S1wbNZYvi2ujaiLXY76uPrTPzAa3uDtf7u0xUF-2YriWJiLS0u91bVz5DcUncLb_OEXl0omyh5j657PX8GnZ2bquoP0/s1600/Brincadeiras+Infantis+-+Bruegel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="228" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEld0gmDKAgD8Au_h_TpFpHc5lj5HjWa_t3f927_XLIvNqpgsF7S1wbNZYvi2ujaiLXY76uPrTPzAa3uDtf7u0xUF-2YriWJiLS0u91bVz5DcUncLb_OEXl0omyh5j657PX8GnZ2bquoP0/s320/Brincadeiras+Infantis+-+Bruegel.jpg" width="320" /></a></div>
Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-86915810155836722482012-11-28T14:37:00.002-08:002012-11-28T14:38:55.577-08:00COMO A ESCOLA WALDORF É VISTAAssim que publiquei o livro Clarear, minha primeira iniciativa foi divulgá-lo junto às escolas, entidades ligadas ao movimento antroposófico e formadores de opinião dentro desta comunidade. Estive na Federação das Escolas Waldorf, na Comunidade dos Cristãos, no Seminário de Formação de Professores e me reuni com várias pessoas. Em todas estas apresentações entreguei um relatório sugerindo ações importantes para serem implantadas com vista na renovação do movimento Waldorf no Brasil.<br />
<br />
Em uma delas sugeri uma pesquisa de opinião para a avaliação da qualidade das escolas. Essa pesquisa teve início o ano passado, elaborada dentro do projeto Rewa - Reflexão sobre a pedagogia Waldorf no Brasil com o apoio da FEWB - Federação das Escolas Waldorf no Brasil, Associação ABT, Associação Mahle, Associação Software AG.<br />
<br />
A pesquisa foi concluída recentemente e o relatório elaborado pelo Instituto Indagou, pode ser acessado neste endereço: <a href="http://www.rewa.org.br/pesquisa.htm">http://www.rewa.org.br/pesquisa.htm</a><br />
<br />
A próxima ação será promover um encontro entre pais, professores, gestores, pessoas ligadas ao movimento Waldorf, e demais interessados, com o objetivo de discutir os resultados da pesquisa e propor ações em prol do movimento Waldorf no Brasil.<br />
<br />
Trago à todos as propostas que apresentei ao término do livro que foram elaboradas a partir do meu trabalho de campo durante o processo de escrita de Clarear. Muitas delas aparecem no relatório de conclusão da pesquisa.<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: x-small;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">PROPOSTAS:</span></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: x-small;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"></span></b><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></span></span></div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: x-small;">
.<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">-Criação de uma Ouvidoria, Ombudsgroup. É
preciso auscultar a comunidade através de uma atitude de escuta atenta e
cuidadosa<o:p></o:p></span></span></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">-Ouvidoria especial externa para famílias
que se desligam da escola. Exemplo: trabalho poderia ser realizado pela FEWB<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">-Avaliação dos professores por profissional
externo/neutro. Quando um professor é avaliado por um colega, o corporativismo
se instala<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">-Transparência na proposta pedagógica<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">-Transparência e clareza nas regras e
combinados para os casos de conflitos para que se reestabeleça uma base de
confiança<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">-Criação de um programa de educação
continuada para o corpo docente com o intuito de promover e estimular o
trabalho constante de autoconhecimento<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">-Levantamento de formas diferenciadas de
gestão escolar para estabelecimento de uma gestão/liderança que avalie e cobre
os resultados. Exemplo: Escola Waldorf of Lexington em Massachusetts – EUA
diretor da escola: Robert Schiappacasse<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">- Realização de pesquisa de avaliação de
qualidade das escolas Waldorf englobando: associação das escolas,corpo docente,
cursos de formação de professores, pais, alunos do último ano e ex-alunos.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">-Avaliação dos cursos de formação de
professores<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">-</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Inserir de forma concreta a Pedagogia
Social no currículo de formação com cumprimento de horas de estágio em projetos
sociais<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">-Criação e implantação de um currículo
social no ensino fundamental II e ensino médio<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">-Criação de um programa de voluntariado e
projeto experimental social para os alunos do ensino médio<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">-Revisão de critérios de contratação de novos
professores<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">-Avaliação de resultados do programa PDAEW</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">-------------------------------------------------------------------------------------------</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times;"></span></span> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times;">abraço fraterno</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><span style="font-family: Times;">Ana Lúcia Machado</span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 8pt;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 54.0pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 8pt;"><o:p> </o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 8pt;"><o:p> </o:p></span></div>
Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-8724559720271523362012-07-27T15:56:00.001-07:002013-04-23T16:25:33.220-07:00Escola Comunitária Jardim do Cajueiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/EGJPZPIYRhs?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />
Tomei conhecimento através da Alessandra que me enviou este vídeo, da existência de mais esta escola Waldorf, na cidade de Barra Grande - BA. Depois de 8 anos a escola está construindo a sua sede. 70% das vagas são de crianças carentes e apadrinhadas.
Belíssimo trabalho, parabéns. Nossas crianças necessitam deste alimento anímico/espiritual. Vejam o vídeo.
Acessem o site <a href="http://www.jardimdocajueiro.com.br/">www.jardimdocajueiro.com.br</a>
<br />
abraço fraterno
<br />
Ana Lúcia MachadoAna Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-20599815680290594612012-07-02T14:27:00.004-07:002012-07-02T16:46:05.704-07:00Como você vê a escola Waldorf?<div>
<span style="font-size: 12pt;">Segue abaixo um convite muito especial para você mãe e pai Waldorf.</span></div>
<div>
<span style="font-size: 12pt;">É um momento muito importante onde você terá a oportunidade de ser ouvido. Suas percepções contribuirão para a construção de uma escola melhor. Participe.</span></div>
<div>
<span style="font-size: 12pt;">grata</span></div>
<div>
<span style="font-size: 12pt;">Ana Lúcia</span></div>
<div>
<span style="font-size: 12pt;">-----------------------------------------------------------------------------------</span></div>
<div>
<span style="font-size: 12pt;"></span><span style="font-size: 12pt;"></span> </div>
<div>
<span style="font-size: 12pt;"></span> </div>
<div>
<span style="font-size: 12pt;"></span> </div>
<div>
<span style="font-size: 12pt;">Amigos, Muito importante a sua participação!</span></div>
<br />
<div>
<span style="font-size: 12pt;"></span></div>
<span style="font-size: 12pt;">Quero que saibam que já e</span><span style="font-size: 12pt;">stá disponível a Pesquisa de opinião sobre o Movimento Waldorf no Brasil, que foi elaborada dentro do projeto REWA - Reflexão sobre a pedagogia Waldorf no Brasil. Deste projeto participam a FEWB – Federação das Escolas Waldorf, a Associação ABT, a Associação Mahle e a Associação Software AG.<u></u><u></u></span><br />
<br />
<div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><u></u><u></u></span> </div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;">Assim como os demais membros do grupo organizador da pesquisa, penso que o momento pede uma reflexão sobre como os professores, pais e gestores vêm a escola Waldorf no Brasil e quais os desafios e dificuldades que precisamos trabalhar. Veja, não estamos pesquisando sobre a pedagogia Waldorf, mas sobre a escola Waldorf no aspecto do funcionamento, relações etc.. Enfim, o que está bom e o que precisa ser mudado/aprimorado na escola. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><u></u><u></u></span> </div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;">Na elaboração da pesquisa, tivemos a ajuda de um instituto de pesquisa contratado para este trabalho e que também fará a tabulação e os relatórios com as conclusões, cuidando assim das questões estatísticas e da confidencialidade que este tipo de pesquisa requer. Estamos todos ansiosos para conhecer os resultados.<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><u></u><u></u></span> </div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;">Para participar acesse o endereço <a href="http://www.rewa.org.br/" rel="nofollow" target="_blank">www.rewa.org.br</a>. Demora uns 15 minutos para responder o questionário. É necessário cadastrar e validar seu email, mas é um processo rápido e fácil.<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><u></u><u></u></span> </div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;">A pesquisa de abrangência nacional é aberta a gestores, professores, pais, ex-pais e parentes de alunos, ligados à escola Waldorf no Brasil. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><u></u><u></u></span> </div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;">Se quiser, pode convidar outras pessoas ligadas ao movimento para também participarem. Assim você nos ajuda na divulgação da pesquisa. <u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><u></u><u></u></span> </div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 12pt;">Grata. Abraços,<u></u><u></u></span></div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: small;">Maria Chantal Amarante</span></div>
<div class="yiv1636320722MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: small;">Conselheira e Colaboradora do REWA, da Aliança pela Infância e da Associação Sophia de Educação Antroposófica</span></div>
</div>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-23919497645577016242012-06-26T15:16:00.000-07:002012-06-26T15:16:46.740-07:00OBSERVAÇÕES E PERCEPÇÕES<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Quando mudamos nossa rotina diária, abre-se <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>diante de nós a possibilidade de contemplar
novas paisagens, exercitar o olhar para observar outros cenários, o que provoca
em nosso interior, emoções diferentes daquelas a que estamos acostumados. O
resultado é sempre enriquecedor.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Semana passada, pude mais uma vez romper os limites de meu
Atelier para participar de uma exposição no Santander, numa iniciativa louvável
do Banco de levar aos seus funcionários a arte sustentável. Para quem não sabe,
uma de minhas atividades produtivas é a criação e confecção de acessórios
femininos feitos artesanalmente a partir de materiais descartados pela
indústria têxtil, oficinas de costura e pathwork.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Nessa semana alterei alguns hábitos. Um dos mais impactantes
foi o uso do transporte público. Observar as pessoas dentro do ônibus, seus
semblantes, comportamentos, conversas, foi muito interessante. De modo geral <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pude perceber<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>a pouca interação que ocorre entre as pessoas nesse espaço, e observar
um certo isolamento. “Cada um na sua”, com seus celulares, ipods, pensamentos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Logo no primeiro dia em que peguei <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o ônibus, numa terça-feira, 12 de Junho, Dia
dos Namorados, fui <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>surpreendida por um
trânsito totalmente caótico. Houve recorde de congestionamento em São Paulo no
final do dia. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>A cidade simplesmente
enlouqueceu, como se só existisse aquele dia no calendário anual para amar,
como se aquele fosse o último dia para manifestar atenção e carinho à pessoa
amada. Permaneci dentro do ônibus por aproximadamente 2hs e 45 minutos, para
percorrer um trajeto de apenas 6,5 Km. Conforme o tempo foi passando, os
semáforos abrindo e fechando, sem que os veículos pudessem se deslocar um
mínimo que fosse, as pessoas começaram a descer do ônibus. Só não fiz o mesmo
porque depois de um dia inteiro de pé, usando salto alto, sentia meus pés
latejarem e não conseguia nem pensar em dar um passo sequer. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">O que mais chamou minha atenção dentro do ônibus foi <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma jovem de mais ou menos vinte e poucos
anos, que durante todo o percurso permaneceu com o dedo polegar <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>na boca, chupando-o como se fosse uma
criancinha. Na condição de mãe e educadora, imediatamente <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>comecei a refletir sobre as possíveis causas
dessa <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>atitude. Logo lancei <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>meu olhar para a infância, pois na maioria das
vezes nossos bloqueios, carências, dificuldades<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>tem origem nessa fase da vida. O que me leva sempre a pensar no termo
resiliência, que na Física quer dizer elasticidade. Trata-se de nossa<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>capacidade de resistência a experiências
negativas, a adversidades da vida. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">É fundamental para a construção da base sobre a qual a vida
de cada um é alicerçada, a presença e apoio de pessoas de referência e<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>confiança, a qual a criança possa
recorrer<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no período da infância. A
resiliência é formada em volta dela a partir de pelo menos uma pessoa que
acompanhe e se vincule amorosamente a ela, por um tempo prolongado. Assim torna-se possível minimizar o impacto da negligência, maus tratos, desnutrição, etc...O que de negativo carregamos para a fase adulta, pode ser transformado com consciência.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Outra observação de impacto para mim, e que<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>me deixou muito satisfeita, foi a constatação
de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma quantidade considerável<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de funcionários com mobilidade reduzida, seja
cadeirantes ou usuários de muletas, deficientes <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>visuais, auditivos, nanismo. Contemplei uma linda
cena digna de ser filmada e exibida, de dois jovens deficientes visuais provando
perfumes de um expositor que estava ao meu lado. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Muitas vezes nos deixamos levar pela onda de negativismo que
nos faz desacreditar no futuro da humanidade, mas a verdade é que evoluímos
como seres humanos, a despeito de tantos temores que nos cercam e ameaçam nesses
tempos atuais. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">O movimento de inclusão social é um exemplo. Desde o início
da década de 90 vem crescendo, conquistando espaço no mundo das corporações e
através de muita luta, com a criação de leis, de cotas de contratação, podemos
hoje testemunhar um novo cenário.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Esse movimento de inclusão social deveria se estender de
maneira mais contundente às escolas. Apesar <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de alguns avanços, de termos iniciado o ano
escolar discutindo o tema da inclusão, por orientação da Secretaria da
Educação, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é muito difícil vermos por
exemplo, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>crianças cadeirantes em
colégios tradicionais. Ao longo da vida escolar do meu filho mais velho, que
está quase finalizando o ensino médio, e que durante seus anos de estudos
esteve <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em três escolas, nunca vi uma
criança matriculada com mobilidade reduzida. Onde estão essas crianças? Em
escolas especializadas? Por qual motivo? Não seria enriquecedor <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a oportunidade de estarem todas juntas? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">A capacidade de superação do ser humano é admirável e com
certeza as crianças não portadoras de deficiências se surpreenderiam e amadureceriam
com esses exemplos de vida e com a possibilidade de expressar solidariedade em
inúmeras situações que certamente se apresentariam à elas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Vamos à luta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Abraço fraterno</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri;">Ana Lúcia Machado <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-8765886966788462072012-04-17T14:11:00.000-07:002012-04-17T14:11:01.633-07:00DESDOBRAMENTOS DE CLAREAR<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Recentemente recebi um e-mail<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>me perguntando se o blog Clarear morreu, ao que respondi que o blog encontra-se de férias para buscar novos caminhos, pois até então o objetivo almejado de uma discussão madura e construtiva, não foi alcançado.<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Através dessa <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mensagem tomei conhecimento da existência do Conselho Nacional Parental Waldorf, que reúne mães e pais de mais de 230 escolas Waldorf na Europa. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Ainda vou pesquisar sobre a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>proposta deste Conselho. Achei muito interessante e iluminador<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o caminho<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>apresentado por este leitor do blog, que vive na Alemanha. Ele diz que um dos capítulos mais desconhecidos e abandonados da PW, é a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Arquitetura Social das Escolas Waldorf</b>.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Fala que isso é ”o alicerce de todo o revolucionário encontro humano - <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pais, Professores, Alunos, e Membros formais de uma Associação Escolar Waldorf -, sendo que o desconhecimento desse campo absolutamente vital, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é responsável por muitos colapsos de iniciativas pioneiras, e mesmo doenças crônicas instaladas em várias comunidades escolares”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Lanço aqui a proposta de debate sobre este tema: <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Arquitetura Social das Escolas Waldorf</b><o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Também recentemente fui convidada a participar de uma conversa em uma rede social sobre o livro Clarear. Como autora, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>me pediram para moderar o diálogo iniciado. Foi então que resumidamente discorri sobre os desdobramentos do livro desde seu lançamento em dezembro de 2010. Não sem antes esclarecer que Clarear está voltado para o público conhecedor da Antroposofia<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e participante de escolas Waldorf, e como não poderia deixar de dizer, falei também que o livro causou estranheza a essa comunidade acostumada apenas com publicações que reafirmam o lado luminoso da PW.<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">O livro trouxe <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>movimentação a essa comunidade, o que por si só já é extremamente saudável, porém<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>além<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de movimentar, estimulou a criação de vários grupos de estudos, tanto entre professores, como entre pais, em várias escolas. Também impulsionou uma pesquisa encomendada pelas três instituições apoiadoras da PW no Brasil. <o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Em reunião na Federação das Escolas Waldorf do Brasil, fui informada que a mesma enviou uma carta à todas as escolas W recomendando a leitura do livro. Tomei conhecimento que o livro está disponível em várias bibliotecas escolares.<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Pude também ouvir da boca de várias pessoas, atuantes e representantes de peso do movimento Waldorf no Brasil, palavras de agradecimento pela publicação do livro.<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">E não poderia deixar de citar como um dos desdobramentos, a relevante resenha feita pelo respeitadíssimo Professor Valdemar Setzer.<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Enfim, sinto-me como autora, muito satisfeita com os desdobramentos de Clarear. Só há crescimento e renovação a partir de perguntas e questionamentos. Só podemos vislumbrar a luz se tivermos a coragem de percorrer túneis sombrios. Clarear <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>parte do<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>reconhecimento de que a educação Waldorf é um caminho de cura para uma sociedade perdida e carente.<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Qualquer teoria só tem significado se a prática dentro da realidade a validar. Teorias <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>não levam em conta a realidade existente. Ocorre uma tentativa humana<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de colocar a realidade dentro da teoria. Quando na verdade o movimento saudável é o contrário. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Não existe exemplo maior disso do que o trabalho de D. Utte Craemer<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>na Monte Azul. Pensemos sobre isso.<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Abraços fraterno</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Ana Lúcia Machado<o:p></o:p></span></div>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-12400964403321250952012-02-14T11:11:00.000-08:002012-02-14T11:11:33.373-08:00Blog Mamíferas » Arquivo do Blog » Mundos dentro do mundo<a href="http://www.mamiferas.com/blog/2012/02/mundos-dentro-do-mundo.html#.TzqxuJOP1yh.blogger">Blog Mamíferas » Arquivo do Blog » Mundos dentro do mundo</a>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-82817387381620055352011-12-06T14:06:00.000-08:002011-12-06T14:06:50.691-08:00IMPORTANTE DEPOIMENTO DE UMA MÃE WALDORFEste é um depoimento que já foi postado aqui no blog como um comentário, mas que devido a sua importância julgo relevante destacá-lo. Agradeço a franqueza e coragem desta leitora.<br />
<br />
Abraço fraterno<br />
Ana Lúcia Machado<br />
<br />
<br />
<strong>Olá a todos!<br />
<br />
Meu filho integra o Jardim de uma escola Waldorf há 3 anos e estou encantada com esta pedagogia.<br />
<br />
Ano que vem ele estará no primeiro ano do ensino fundamental e estou segura em mantê-lo em uma escola Waldorf.<br />
<br />
Participo de um grupo de estudos de mães Waldorf e quando li “A Pedagogia Waldorf” de Rudolf Lanz pensei: “Oh Céus! É a escola que eu gostaria de ter cursado!”<br />
<br />
Apesar do meu grande interesse e admiração, nesses poucos anos já percebi que a prática da PW pode esbarrar em falhas humanas que NÃO SÃO MAIORES DO QUE EM ESCOLAS NÃO-WALDORF, mas que são mais frustrantes porque ESPERAMOS MAIS de uma escola Waldorf .<br />
<br />
A imagem que tenho em mente é: ao escolherem uma escola normal os pais MATRICULAM seus filhos em uma escola, e, ao escolherem uma escola Waldorf os pais ENTREGAM seus filhos à escola.<br />
<br />
Não por lavarem as mãos e deixarem a educação da criança apenas a cargo da escola, mas por decidirem “nadar contra a maré” e investirem a educação formal de seus filhos a uma instituição que tem características diversas da maioria, que segue um currículo próprio sob muitos aspectos e que promete respeito à individualidade da criança e o ensino como forma de terapia.<br />
<br />
Matrícula X Entrega - é uma grande diferença, que gera diferentes expectativas.<br />
<br />
Então, não acredito em “forças adversas” como mencionou o professor Setzer, mas acredito em grandes frustrações decorrentes de grandes expectativas.<br />
<br />
Por outro lado entendo o professor Setzer quando constata o cruel e difícil caminho da Antroposofia e da PW ao escrever que “nas iniciativas antroposóficas, não se pode permitir nada mal feito...”<br />
<br />
Isso me parece um fato.<br />
<br />
Mas somos todos humanos, INCLUSIVE OS PRATICANTES DA ANTROPOSOFIA E DA PEDAGOGIA WALDORF, então como negar a possibilidade de erros??????<br />
<br />
Bem... minha humilde sugestão é: se a PW é um remédio aplicado dia-a-dia pelo professor (que é a figura-chave desta Pedagogia) e o professor é humano, não há como simplesmente dotá-lo de tanta autonomia, como se passível de erros não fosse – como se humano não fosse.<br />
<br />
Temos que aprimorar (ou desenvolver) mecanismos de controle real do professor , priorizando o aluno e a proposta pedagógica e não o corporativismo.<br />
<br />
Pais devem ter um canal muitas vezes sigiloso para que alguém de fora do conflito investigue um pouco do problema e saiba reunir as partes conduzindo-as a uma solução e não fazendo “acareações” que podem resultar em respingos no tratamento dado ao aluno em sala de aula. <br />
<br />
Um dos debatedores (ou terá sido a autora de Clarear?) mencionou a necessidade de um aprimoramento geral da humanidade antes de dotar o professor de tanta autonomia. Eu concordo. Não chegamos lá ainda....<br />
<br />
Quando meu filho entrou na Pedagogia Waldorf eu me apaixonei pela escola e pensei em ser Jardineira. Na verdade me imaginei sendo uma maravilhosa professora Waldorf. Hoje, depois de alguma auto-educação/reflexão, percebo tantas falhas em mim que não ousaria assumir uma classe. Tive uma educação muito firme e não entendo a “soltura” com que as crianças são criadas hoje em dia e, se pretendo ser uma professora Waldorf, preciso entender e trabalhar com a criança que existe hoje em sala de aula e não com o que eu imagino que deva ser uma criança em sala de aula.</strong><br />
<dt class="comment-author " id="c7200497799474780860"><strong> </strong> </dt><br />
<dt class="comment-author "><strong>Outra questão importante:<br />
Tendo em vista as falhas a que nós humanos estamos sujeitos, me parece que ter um mesmo professor de classe por oito anos deva ser um projeto mais ligado ao futuro (com seres humanos mais auto-conscientes e auto-críticos) do que ao presente (salvo honrosas exceções)...<br />
<br />
Já vi escolas W dando ao professor a possibilidade de seguir com a turma só até o 4º ano. Ou seja, o professor tem a oportunidade de auto-avaliar sua determinação em continuar.<br />
É saudável para o professor. É saudável para a turma.<br />
<br />
Quanto às críticas e elogios direcionados ao livro Clarear, gostaria de deixar também minhas humildes impressões.<br />
<br />
O livro Clarear me ajudou. E me ajudou em diversos sentidos:<br />
<br />
1º) vi que alguns dos meus receios sobre a prática da PW podem de fato ocorrer, e que não sou uma lunática procurando “chifres em cabeça de cavalo”. A PW é praticada por pessoas e, portanto, está sujeita a falhas. Então vamos tratar de diminuir as fendas através das quais tais falhas podem ocorrer??????<br />
<br />
2º) me deu informações preciosas para que eu fique atenta e não deixe meu filho ter sua educação Waldorf prejudicada pelo erro de uma professora e/ou de um tutor. Eu quero muito que meus filhos desfrutem da PW!!!!!!!!!!! E agora tenho mais instrumentos e força para agir em caráter preventivo.<br />
<br />
3º) em meus receios, eu achava que uma professora muito experiente na PW seria a melhor opção para que erros do professor fossem evitados e com isso eu enfrentava um grande problema: as duas escolas Waldorf onde posso matricular meu filho terão em 2012 professoras jovens e pouco experientes assumindo o 1º ano do fundamental. Ao ler Clarear percebi que talvez a motivação, a garra e o idealismo dos jovens seja melhor do que uma grande experiência desgastada pelo cansaço, falta de motivação e intolerância. Ou seja: estou convencida de que as jovens professoras - que são minha única opção, não devem me desanimar em manter meu filho numa EW, pelo contrário!!!!!!<br />
<br />
Por outro lado, apesar de Clarear ter sido um livro positivo na minha relação com a PW (pois me municiou de informações para que eu saiba separar o bom do mau na prática da PW e assim sentir-me segura em continuar abraçando-a), concordo que:<br />
<br />
1º) um trabalho que pretende “clarear” deveria sim fazer uma introdução sobre o que é a PW, pois sem meus filtros pessoais, advindos de meus estudos, eu teria ficado muito mal impressionada com a PW ao ler o livro - tanto assim que quando meu marido quis folhear o livro eu pedi que não o fizesse pois ele teria uma má impressão da PW num momento fundamental: a matrícula de nosso filho numa EW para cursar o fundamental;<br />
<br />
2º) um trabalho que pretende “clarear” deveria sim mencionar alguns casos de sucesso da PW a fim de tirar o caráter de desabafo pessoal do trabalho e dar-lhe um caráter mais científico....<br />
<br />
3º) um trabalho que pretende “clarear” deveria utilizar um título mais preciso, algo que deixasse clara a intenção de apresentar “casos equivocados de aplicação da Pedagogia Waldorf – um desserviço à Obra de Rudolf Steiner” e não um título que questione a PW em si, afinal, pelo que entendi do livro, a autora e outras depoentes são admiradoras da PW e/ou da Antroposofia.<br />
<br />
Espero que a discussão sobre a melhora da prática Waldorf continue neste espaço. Isso me interessa muito.<br />
<br />
Não conheço nenhum de vocês, mas pelo que li percebi que muito do que foi escrito no livro e no blog incomodou uns e outros. Ou melhor, ofendeu aos princípios e estudos de uns e de outros.<br />
<br />
Os sentimentos advindos de tais ofensas são legítimos, mas, pelo bem geral, peço que façamos um exercício de perdoar as ofensas e de focarmos em idéias para a que a PW seja melhor praticada por todos.<br />
<br />
Com esperanças de uma discussão frutífera,<br />
<br />
E humildemente (pois não tenho títulos nem grandes experiências em PW nem em Antroposofia, sou apenas uma mãe em busca do melhor para seus filhos),<br />
<br />
Egle M. T. Grecchi </strong></dt>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-23110838545089101022011-10-24T17:54:00.000-07:002011-10-25T01:04:13.394-07:00REPROVADOS PELA ESCOLA DA VIDA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-RUUZ4iF06W8A-PUOusbGzYPwyP5A9W-UjYy7PuAMsfJ87AwJ3tSJ6paVrDlE0_pIVXfbIRDjVsQRrcy-xan_MuhhKgew9WdwFZ2Llo8oMrS2hgKmZ-dyKnz1kFXH68OvaPFiyOHFna5S/s1600/DSC03058.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-RUUZ4iF06W8A-PUOusbGzYPwyP5A9W-UjYy7PuAMsfJ87AwJ3tSJ6paVrDlE0_pIVXfbIRDjVsQRrcy-xan_MuhhKgew9WdwFZ2Llo8oMrS2hgKmZ-dyKnz1kFXH68OvaPFiyOHFna5S/s320/DSC03058.JPG" width="320" /></a></div>A cidade amanheceu mais suja hoje. Rastros de incivilidade podiam ser vistos pelas ruas, calçadas, nas esquinas, em muros. Lixo espalhado por vários quarteirões, expunha a vergonha de uma sociedade sem educação. Muitos papéis jogados no chão, garrafas de água e copos plásticos abandonadas nas muretas, como se as mesmas fossem depósitos de lixo.<br />
<br />
Este foi o retrato que vi logo cedo ao sair de casa. Retrato que me chocou, que me causou indignação. Esta foi a condição que ficaram as imediações das instituições escolares onde aconteceu o ENEM neste final de semana. Uma comprovação de falta total de consciência ecológica. <br />
<br />
Se esta nova geração tem agido assim, que esperança poderemos alimentar em relação ao nosso futuro?<br />
Estamos anos luz distantes de culturas mais evoluídas como a do Japão por exemplo.<br />
<br />
A única possibilidade de transformação dessa triste realidade está exatamente na Educação, na Educação que vem de berço e na oferecida pelas escolas. Cabe aqui refletir: estamos educando para a vida ou para exames, testes, etc? O papel da escola atual foi reduzido a preparação para avaliações? E a formação de seres humanos para a vida, como fica?<br />
<br />
Só uma coisa a dizer: todos foram reprovados pela escola da vida nessa avaliação.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSmYesH0YybRx-fJb6tFDCvFwyhR2L-EdvlfGnAvWh8Y5MC2IyI8oykpHnXdCVFMqxd7qIPpOK6Iggp-c5sSN6QbTkFputYtPe-W4j679TddGMCs8emKebRQHWMW54K5MlchBWfAWQz7Vk/s1600/DSC03061.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" ida="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSmYesH0YybRx-fJb6tFDCvFwyhR2L-EdvlfGnAvWh8Y5MC2IyI8oykpHnXdCVFMqxd7qIPpOK6Iggp-c5sSN6QbTkFputYtPe-W4j679TddGMCs8emKebRQHWMW54K5MlchBWfAWQz7Vk/s320/DSC03061.JPG" width="240" /></a></div>Abraço fraterno<br />
Ana Lúcia MachadoAna Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-85797845457184491262011-10-05T11:23:00.000-07:002011-10-05T11:23:29.626-07:00MAIS UM DEPOIMENTO DE UMA PROFESSORA WALDORF<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">Compartilho este precioso depoimento de uma Profª Waldorf que no exercício diário de sua profissão é capaz de perceber a necessidade de renovação da prática pedagógica e da dinâmica do organismo escolar. Um olhar que merece atenção, reflexão e ação transformadora. Que não nos falte a coragem jamais.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">Abraço fraterno</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';">Ana Lúcia Machado</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>"Vejo a resenha do Dr. Valdemar Setzer como o primeiro passo de muitos que ainda vão acontecer no caminho de Clarear. Um movimento que pode vir a ser muito saudável, dependendo apenas de nós mesmos.</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Temos que desconfiar de tudo onde há muita Simpatia ou Antipatia, temos que exercitar o pensar polar. Esses foram um dos meus primeiros ensinamentos na antroposofia.</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Foram muito duras as colocações sobre o prefácio de Ruy César do Espírito Santo. Entendo que a mesma critica que se fez a ele; a falta de conhecimento suficiente da obra de Steiner; pode-se fazer de quem o fez sobre o próprio Ruy.</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Meu encontro com o professor Ruy se deu no meu primeiro ano de faculdade de pedagogia, na Puc-sp. Ele continua sendo meu professor desde então, mesmo eu tendo graduado há alguns anos. </em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Não poderia eu aqui passar o Currículo lates do professor, mas posso falar algumas poucas coisas que sei. Ruy foi pai e avô Waldorf, tem hoje uma ou duas filhas atuantes na PW. É um grande semeador, e leva a PW em suas aulas, ele mostra a existência desta pedagogia para muitos futuros educadores, como uma possibilidade de se fazer melhor, de se fazer diferente, uma possibilidade de olhar o Ser Humano em nós e no outro, e mudar o mundo em que vivemos, de se fazer uma sociedade e uma pedagogia mais humana. Muitos destes futuros pedagogos despertam, procuram o seminário e se tornam professores Waldorf.</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>O conhecimento de Ruy é vasto, passando por muitos pensadores, e o mais lindo é a propriedade que ele tem da essência do Ser Humano. Ele não é, e nunca quis ser intitulado como grande conhecedor da pedagogia Waldorf ou da obra de Steiner, ele é um estudioso e um semeador do autoconhecimento, do despertar de consciência do Ser Humano. Ele leva isso com ele aonde ele vai, não se limitando a grupos, classes ou segmentos.</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Certa vez fui ao encontro do professor Ruy, e pude com ele desabafar e contar o que estava acontecendo comigo, recém professora Waldorf. Neste dia ele me contou de Ana Lúcia, e me emprestou o “rascunho” do livro. Lembro-me de observarmos juntos, que mesmo dentro de um ambiente tão especial como o da PW, as pessoas estão dormentes.</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Levei a apostila de Clarear para casa, e comecei a ler. Mesmo não conhecendo Ana, ou qualquer outro autor dos casos, tive a incrível sensação de ter vivenciado, presenciado ou escutado histórias semelhantes. Isso me deu a certeza de que esse era um livro para ler em nossas reuniões pedagógicas, e que a escola poderia crescer muito com ele.</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Foi aí que entrei em contato com a Ana, que me recebeu com muito carinho. Nesta fase o livro ainda não estava editado, e a Ana ainda procurava quem pudesse fazer a introdução, a apresentação do livro. Ela estava procurando por quem pudesse ir além disso, orientar, direcionar o seu trabalho. Ela foi atrás de seus professores de formação, foi atrás de nomes respeitados por todos nós, e ninguém abriu o espaço que fosse para a discussão do tema. Os poucos feed backs que teve eram “entendo, vejo a questão, mas não quero me envolver”. E ninguém acolheu, ou viu a oportunidade de trabalhar as questões levantadas. </em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Uma pena não ter sido feito o contato com o Dr. Setzer, quem sabe essas questões não teriam tido outros encontros.</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Como se pode debater essas questões se não há espaço para isso? Eu não sei dizer ao certo quantos anos demorou para Ana conseguir enfim editar o livro, mas foi bastante tempo. Tempo suficiente para haver manifestações de todos que entraram em contato com o livro.</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Ruy César, interessado neste despertar viu, acredito eu, não uma situação isolada da PW, mas um problema da humanidade. Atualmente todas as escolas tem problemas, a educação em si é um caos, há muitos problemas nestas relações aluno /família /professor/ escola/ sociedade. Quantas pessoas poderiam ser despertadas com estes casos? Quantos professores poderão olhar para si mesmos e se identificar? Quantos orientadores, diretores de escola? Quantos pais podem perceber que podem sim fazer diferente? Ou simplesmente perceber que há lados diferentes nas questões, que podem perceber o outro?</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Uma das perguntas que Ruy nos incentivaria a fazer é: Qual o sentindo disto? Cabe a cada um de nós se afastar das particularidades e tentar ver o todo.</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Qual o sentido do livro Clarear?</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Quais são as possibilidades que ele nos traz?</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>Depois disto, podemos voltar e ver as particularidades. É um exercício constante, e que do Dr. Setzer começou com sua resenha, já clareando e atingindo o objetivo do livro. Só obscurece àqueles que fecharem seus olhos. </em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Arial','sans-serif';"><em>É momento de não termos verdades aniquilantes, mas sim de olhar o outro, e juntos olharmos à todas as questões, mesmo aquelas que não julguemos pertinentes, pois estas podem ser muito esclarecedoras para outras pessoas. Isso sim é incluir".</em></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-1169708339105952612011-09-07T10:39:00.000-07:002011-09-07T10:39:57.773-07:00Resenha de CLAREAR por Valdemar Setzer<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Em meados de agosto fui procurada pelo Profº Valdemar Setzer que me perguntou se alguém havia feito uma resenha de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Clarear. </b>Respondi à ele que não. Então me informou que estava elaborando uma resenha e comentou: “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O fato de nenhum professor Waldorf ter feito essa resenha até agora já mostra um problema na aplicação da pedagogia Waldorf no Brasil”.</b></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;">É com imensa satisfação que compartilho nesse espaço a resenha feita por tão ilustre pessoa, conhecedora profunda e praticante da Antroposofia. Desde a concepção de <b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Clarear</b>, sempre foi meu anseio que as histórias colocadas à público fossem iluminadas pela totalidade de doze prismas diferentes, como recomenda Rudolf Steiner. Sou grata ao Profº Setzer por seu ponto de vista. Que venham outros para enriquecer esta proposta de reflexão, pois como diz Paulo Freire “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação TEORIA/PRÁTICA sem a qual a TEORIA pode virar um blábláblá, e a PRÁTICA ativismo.” </b>(Pedagogia da Autonomia pg 24)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Para introduzir a resenha de Valdemar Setzer, convidei a jornalista Sandra Seabra Moreira, que diz: </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Calibri;">"Quem acompanha a movimentação das comunidades antroposóficas sabe o tamanho das responsabilidades que as pessoas assumem e o tanto que, muitas vezes, sacrificam suas vidas pessoais pelo ideal que abraçam. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Calibri;">Também nós que participamos da elaboração de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Clarear</i>, desde que nos propusemos a expor nossas vidas e nossas crianças, também nos mantivemos extremamente ocupados – para além das nossas tarefas diárias – com as reflexões acerca dos rumos que tomariam uma publicação tão incomum no contexto da Pedagogia Waldorf no Brasil. Mais do que isso, como nos situaríamos no próprio movimento antroposófico, uma vez que nos colocamos de forma crítica e teimamos em não abandonar o barco.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Calibri;">De um lado, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Clarear</i> ajudou a elaborar as frustrações; de outro, nos colocou em uma condição de vulnerabilidade. De um lado, torcíamos para que todos esquecessem os episódios relatados – são lembranças desagradáveis, tristes e penosas; por outro lado, nós sabemos, a indiferença que gera o esquecimento é a mesma que pode gerar mais ressentimentos.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Calibri;">Por isso, o trabalho cuidadoso, preciso e isento do professor Waldemar Setzer nos surpreendeu de forma extremamente positiva. São 36 páginas, disponíveis no blog do autor <a href="http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/">http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/</a><span style="mso-spacerun: yes;"> , </span>e no site da Sociedade Antroposófica do Brasil <a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm">http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm</a>, em que Setzer esmiúça cada relato, realizando a difícil tarefa de separar o joio do trigo. É impressionante notar a dedicação e o empenho do professor, cuja extensa e profícua trajetória profissional, como intelectual e antropósofo, pode ser conferida na sua página na Internet.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Calibri;">É como se uma grande lufada de vento trouxesse de volta aqueles dias tristes, quando tivemos de abrir mão da Pedagogia Waldorf, em nome da proteção e sobrevivência anímica de nossos filhos. Porém, logo percebemos que estávamos a receber o frescor necessário, a grande oportunidade de reavivar as questões de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Clarear</i>, no sentido de buscar o maior número possível de olhares, até, quem sabe, chegarmos ao 12º ponto de vista e atingir a inteireza da compreensão, como nos ensina Rudolf Steiner. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Calibri;">Cada um analisa os fatos a partir de suas próprias vivências. Entretanto, de nada vale partirmos para o mundo com nossas vivências se não for para transformá-las. O professor Setzer se dispõe a manter contato com os leitores do blog e do livro e, assim, esperamos debater, em blocos, as apreciações do professor em relação a cada relato, seguindo a ordem em que foram publicados no livro.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background: white; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Calibri;">Para começar, trazemos a conclusão elaborada por Setzer e duas listas: a dos pontos positivos e a dos pontos negativos conferidos por ele à publicação. </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span style="background: white; color: black; font-size: 12pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Calibri;">Antes porém, gostaria de expressar minha opinião acerca de dois pontos específicos expressos na <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Conclusão.</b> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><span style="font-family: Calibri;"><span style="background: white; color: black;">O primeiro deles diz respeito a “forças adversas”, no seguinte trecho:</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;"><span class="apple-style-span"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: Calibri;">“Nesse livro fica patente uma realidade: nas iniciativas antroposóficas, não se pode permitir nada mal feito, pois as forças adversas imediatamente usam as falhas para atacar a Antroposofia e suas aplicações. As eW deveriam conscientizar-se disso e fazer esforços muito grandes para sanarem as suas falhas. Em particular, a situação nas eW parece ser deficiente em relação a atitudes frente a professores inadequados e à participação dos pais, que devem ser mais ouvidos e esclarecidos.”</span></span></i></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: Calibri;">Penso que as forças adversas estejam presentes em todos os lugares, no meio antroposófico ou não; e dentro e fora de nós. E acho que atuam cotidianamente; se assenhoram da faringe e da palavra falada, especialmente quando pais resolvem colocar suas indignações para fora, na frente dos portões das escolas. E quando, inadvertidamente, na sala dos professores, um educador se expressa de forma intolerante em relação a uma família, ou de forma crítica em relação a uma criança. Se há a percepção de que essas forças atuam mais fortemente no meio antroposófico, talvez seja porque há um farto e precioso conhecimento à disposição que é, infelizmente, ignorado na vida prática diária. Ou seja, acredito muito fortemente que somos perseguidos por nossas próprias forças adversas e é contra elas, em nós, que devemos atuar. </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: Calibri;">Forças adversas atuam também em ambientes onde impera o medo, onde tudo deve ser dito “à boca pequena”. Daí se dizer com frequência da necessidade de um espaço e tempo para que pais e professores sejam acolhidos em suas queixas e inseguranças. </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: Calibri;">Nesse sentido, acredito que manter, sustentar e expandir o humilde espaço deste blog seja de imensa utilidade. Embora a palavra escrita seja um registro extremamente forte e definitivo, exige reflexão e se opõe à impulsividade, ao extravasamento sem frutos. </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: Calibri;">O outro ponto que gostaria de comentar é a respeito do “ponto de vista exterior”, e o possível desserviço prestado por <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Clarear </i>nesse aspecto. É interessante notar como a expressão “alguém de fora”<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>é incrivelmente utilizada no meio antroposófico. Na escola que frequentei como mãe, havia relutância em que “alguém de fora” fosse chamado para resolver um problema; um consultor, por exemplo. Sendo que esse alguém era um professor mais experiente de outra escola Waldorf. Fiz um estágio prolongado em uma escola e essa condição profissional me deixava na lista dos “de fora” entre os professores, e meio que na lista dos “de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dentro” entre os pais.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>É surreal. </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: Calibri;">Embora a antipatia seja tão necessária para a tomada de consciência, é tão necessária assim a diferenciação? Quem é de fora? Quem é de dentro? A que mundo nos referimos quando dizemos “de fora”, “externo”?<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Sim, o conhecimento legado por Rudolf Steiner é precioso, mas é para protegê-lo que inventamos muros? Será que realmente são necessários? </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: Calibri;">Aliás, não tenho notícias de publicações nesses moldes referentes a outras pedagogias. Será, então, que <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Clarear</i> não é justamente uma demonstração de um diferencial? Se a Trimembração não é uma realidade tão palpável nas escolas Waldorf, parece que, pelo menos, os pais alcançam uma força além de seus limites para permanecerem firmes a um ideal, ainda que seus filhos tenham sido colocados à margem da proposta. Por essa via, podemos ser chamados pelos “de fora” de fanáticos. Quando simplesmente acreditamos na Pedagogia e no seu potencial, apesar dos resultados nefastos em nossas famílias. </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: Calibri;">Ao admitir a possibilidade de haver os de dentro e os de fora, eu me pergunto:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“A quem devo minha cumplicidade: ao movimento antroposófico, ao movimento<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Waldorf ou às pessoas, às crianças, ao processo de aprimoramento da prática pedagógica?”</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: Calibri;">Exatamente dentro do movimento antroposófico, devo minha cumplicidade a algumas pessoas. Justamente àquelas que me ensinam com palavras, gestos e ações que a Pedagogia Waldorf deve ir para o mundo, e imagino que ela deva ir do jeito que é: com preciosidades e defeitos. </span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: Calibri;">Enfim, não consigo enxergar esse castelo onde vive a Antroposofia, tampouco a necessidade de reforçar a defesa construindo fossos. Talvez por isso não consiga discernir quem são os de fora e quem são os de dentro. Uma iniciante, talvez? Mais um motivo para comemorar a chegada de mestres como o professor Setzer para que ele possa , com suas argumentações,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>elevar cada vez mais o nível de nossos debates. Desde já, seja bem-vindo!"</span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="apple-style-span"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="background: white; color: black;"><span style="font-family: Calibri;">Sandra Seabra Moreira </span></span></i></b></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><strong>Resenha de Clarear por Valdemar Setzer:</strong><a href="about:blank" name="A7"></a></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><b><span style="color: black; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pontos positivos</span></b><span style="color: black; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div><ol type="1"><li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l0 level1 lfo1; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Os critérios de seleção das histórias (V. </span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm#A4"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">item 4</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"> acima) parecem muito bons. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l0 level1 lfo1; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"A afirmação da tendência de fechamento das eW em relação ao mundo, citada no item 4 acima é um fato. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l0 level1 lfo1; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"O livro chama indiretamente a atenção das eW para a necessidade de implantarem procedimentos claros para que os pais possam expressar suas preocupações em relação aos professores, eventualmente sem ter sua identidade revelada. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l0 level1 lfo1; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"A ideia de introduzir relatos dos pais foi muito boa, pois dá vida a assuntos em geral tratados abstratamente. Os relatos podem servir para dar uma idéia de vários problemas que podem ocorrer em eW. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l0 level1 lfo1; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"A autora aborda situações e levanta questões que deveriam ser discutidas por pais e professores. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l0 level1 lfo1; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Essas questões deveriam ser examinadas pessoalmente por todos os professores e pais, tentando verificar se elas não se aplicam a si próprios. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l0 level1 lfo1; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"As perguntas formuladas em todo o livro, que se aplicam às escolas como um todo, poderiam ser compiladas, ordenadas e discutidas em reuniões de professores, de pais e em conjunto com os dois grupos, para se diagnosticar possíveis problemas e verificar se cabe um esforço no sentido de melhorar a escola. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l0 level1 lfo1; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Em particular, o livro mostra que é essencial que as eW e os pais controlem se os professores estão cumprindo ou não o currículo estabelecido, e que lacunas sejam prontamente sanadas. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l0 level1 lfo1; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"A autora tentou não identificar as eW tratadas no livro, e nem professores e pais cujos casos foram citados. Com isso, evitou conflitos pessoais resultantes do livro. No entanto, veremos no próximo item que esse ponto positivo tem suas falhas. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l0 level1 lfo1; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"É digno de nota muito especial o fato de que, em absolutamente todos os relatos, as crianças que saíram de eW e foram para escolas tradicionais não tiveram dificuldades para se adaptar, o que é um ponto altamente positivo em relação às primeiras. Com isso, a autora contribuiu para desfazer o mito de que, sendo o currículo W tão diferente, as crianças talvez tenham dificuldades de adaptação quando interrompem os estudos em uma eW. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l0 level1 lfo1; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"O livro mostra muito bem que as eW não são perfeitas, aliás, como seria de esperar. Quem sabe ele motive um impulso de essas escolas buscarem uma melhoria, a fim de evitar os males relatados nas "histórias" como, aliás, era o desejo da autora. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l0 level1 lfo1; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Pelos relatos, pode-se inferir que alguns professores de classe têm problemas; as escolas deveriam cuidar o desempenho desses professores mais de perto, como recomenda a autora. É preciso também avaliar cuidadosamente se o tutor pedagógico (sobre essa função, ver a resposta à pergunta 2 do </span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm#A57"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">item 5.7</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">) está tendo o rendimento esperado; por alguns relatos, pode ocorrer o contrário. </span></li>
</ol><div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: center;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><a href="about:blank" name="A8"></a><b><span style="color: black; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pontos negativos</span></b><span style="color: black; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div><ol type="1"><li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l1 level1 lfo2; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Falta algo fundamental no livro: uma introdução à pW para o público fora do âmbito das eW. Penso que uma pessoa que não conhece a pW adquirirá do livro uma ideia muito parcial dela, e provavelmente errada quanto aos aspectos negativos. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l1 level1 lfo2; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Uma falha grave é a autora não ter citado o livro de Rudolf Lanz, <i>Pedagogia Waldorf – caminho para um ensino mais humano</i>, 6ª ed., S.Paulo: Ed. Antroposófica, 9ª ed. 2005, referência obrigatória para qualquer texto que trate de pW no Brasil. Várias citações não contêm a fonte, por exemplo a de Steiner na p. 29. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l1 level1 lfo2; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"A autora usa termos sem os caracterizar suficientemente para leigos, como "professor de classe" e "tutor". No último caso, pode haver confusão entre o "tutor pedagógico", e o "tutor de classe". </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l1 level1 lfo2; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Um defeito grave que permeia o livro é a generalização de problemas pontuais como se fossem problemas gerais das escolas envolvidas e, pior ainda, da pW, como o caso do trecho da p. 147 que comentei no </span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm#A6"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">item 6</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l1 level1 lfo2; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"A autora não quis identificar os professores e as escolas, o que parece razoável, para não dar um tom pessoal. No entanto, como chamei a atenção em uma das histórias, a menção de uma certa mãe a "classes paralelas" permite identificar de que escola trata o seu caso. Mas ele não é o único. Como há poucas eW em São Paulo, a identificação de cada caso não seria muito difícil. Minha esposa logo reconheceu um deles. Em particular, certas características das escolas saltam à vista. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l1 level1 lfo2; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Ela parece não saber que a figura do professor de classe tem sofrido adaptações, tanto no Brasil com em outros países, como já citei no </span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm#A3"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">item 3</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"> acima, pois não cita esses exemplos. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l1 level1 lfo2; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Os relatos de evasão são todos do ensino fundamental, a menos da 10ª história onde, aliás, a mãe concorda com a razões para a saída da filha. Com isso, falta no livro uma descrição de problemas do ensino médio das eW. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l1 level1 lfo2; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Um aspecto que me pareceu grave foi a apresentação apenas da visão dos pais entrevistados, quando a autora deveria, a bem da objetividade, ter também entrevistado os respectivos professores e exposto também o ponto de vista deles. Evidentemente, a falta de objetividade também pode ocorrer com pais, de modo que é necessário muito mais do que uma entrevista com eles para se chegar a uma visão objetiva da realidade. Minha esposa conheceu casos em que os pais alegavam algo sobre seus filhos e ela própria pôde constatar que representavam uma visão distorcida da realidade. Devido a esses fatores, resolvi solicitar à professora de classe do filho da autora do livro que me enviasse o depoimento que consta no </span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm#A10"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">apêndice</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">. Deixo ao leitor a tarefa de comparar o relato de Ana Lúcia (</span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm#A51"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">item 5.1</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">) com o depoimento da professora. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l1 level1 lfo2; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"O livro deveria abordar também casos em que houve problemas com professores e que eles foram sanados, seja em curto prazo por ações retificadoras, ou com o passar do tempo, com o amadurecimento deles, dos alunos ou dos pais. Esses casos poderiam servir de exemplo para os que não são resolvidos. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l1 level1 lfo2; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Teria sido relativamente fácil fazer um levantamento de quantos pais estão, por exemplo, muito satisfeitos, regularmente satisfeitos ou insatisfeitos, com várias classes de várias escolas, para mostrar se a insatisfação é generalizada ou não. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l1 level1 lfo2; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"No sentido do item anterior, o livro aborda relatos de casos apenas negativos; talvez devesse ser complementado abordando também casos positivos, para não dar a impressão de que os negativos são preponderantes. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l1 level1 lfo2; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Todas as perguntas colocadas no fim dos relatos poderiam ter sido respondidas em termos da pW e da realidade das eW, como foi feito neste texto. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l1 level1 lfo2; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"O prefácio de Ruy Cézar não coloca seus pontos principais, amor e autoconsciência, em relação à pW e à Antroposofia, que abordam esses temas em profundidade. </span></li>
</ol><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><b><span style="color: black; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Conclusões</span></b><span style="color: black; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Esta resenha partiu do princípio que os relatos são objetivos e fiéis à realidade, e não interpretações pessoais; quando cabia, foram colocadas dúvidas a esse respeito. Partiu também do princípio que a autora teve contato estreito com várias eW, e que os relatos são de pais também de várias escolas. Baseado nessas premissas e no conteúdo do livro, cheguei às seguintes conclusões:</span></div><ol type="1"><li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l2 level1 lfo3; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"O livro trata, claramente, de problemas entre professores e alunos, e professores e pais, para citar a expressão de Ruy Cézar mencionada no </span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm#A3"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">item 3</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"> acima. O texto não trata de problemas gerais da pW e sim de algumas escolas, como a relativa falta de controle sobre a atuação dos professores, especialmente os de classe. Minha maior objeção é o livro dar uma impressão de ser uma crítica à pW, quando em realidade ele contém uma constatação de fatos e consequente crítica a certos professores e certas eW. Uma generalização indevida permeia o livro. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l2 level1 lfo3; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Minha segunda objeção ao livro é o fato de os relatos do item 5 trazerem exclusivamente a opinião dos pais, sem ter apresentado a visão dos professores correspondentes. Os leitores podem avaliar a importância disso comparando o relato do </span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm#A51"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">item 5.1</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">, feito pela autora do livro, com o depoimento da professora de seu filho, no apêndice do próximo item desta resenha. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l2 level1 lfo3; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"O nome do livro está errado. Ele não coloca a pW em debate, coloca algumas eW e alguns professores W em debate. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l2 level1 lfo3; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Nota-se uma certa incoerência entre a admiração que a autora diz professar por essa pedagogia e suas atitudes de parar de frequentar o seminário pedagógico e tirar sua filha da escola no fim do jardim da infância. Afinal, o problema por ela relatado passou-se, segundo ela, somente entre seu filho e sua professora. Isso faz conjeturar que há algo mais profundo, negativo, na relação dela para com a pW e talvez para com a Antroposofia, o que, por exemplo, é confirmado pela menção do livro de Colin Wilson, conforme comentado no </span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm#A6"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">item 6</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"> acima. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l2 level1 lfo3; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"O fato de seres humanos, os professores e os pais, serem falhos, não diminui a importância e os bons resultados da pW. Pelo contrário, mostra uma de suas facetas mais importantes: a liberdade que ela dá aos professores. Liberdade pode ser mal ou bem usada, mas é essencial que os professores a tenham, como expus no ítem 6. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l2 level1 lfo3; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Nenhuma eW é perfeita, pois depende de seres humanos. A autora apontou algumas possíveis falhas. Há várias outras. A mais gritante em minha opinião é a falta de identificação de vários professores com a Antroposofia, quando não são frontalmente contra ela; conheço alguns desses últimos casos. Sem essa identificação, a pW torna-se mera técnica de ensino, como exposto no </span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm#A4"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">item 4</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">. É muito possível que essa situação se aplique a vários dos professores mencionados nas "histórias" relatadas pela autora. Se for esse o caso, novamente a culpa não é da pW, é dos professores e das escolas, que não exigem aquela identificação e o estudo constante da base conceitual da pW, como aliás foi recomendado em um dos relatos (V. </span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm#A59"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">5.9</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">). </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l2 level1 lfo3; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"A escolha de Ruy César para prefaciar o livro teve o mérito de envolver alguém estranho à pW; no entanto, nota-se a dificuldade de uma pessoa nessas condições, sem grandes conhecimentos dela e de Antroposofia, comentar algo referente à pedagogia e a Steiner. Talvez tivesse sido melhor alguém profundamente envolvido com a pW e a Antroposofia fazer o prefácio – se é que alguém com essas características iria concordar em assumir essa tarefa, face ao conteúdo do livro. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l2 level1 lfo3; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Apesar dos pesares, os problemas relatados são relevantes. Nesse sentido, recomendo que todos os professores e todos os pais de eW leiam esse livro, refletindo se o que ele relata identifica-se de algum modo com suas próprias pessoas – o que lhes deveria levar a tentar mudarem-se a si próprios e suas atitudes –, bem como as suas escolas. Os casos relatados deveriam ser tema de debates nas eW pelo corpo de professores, suscitando a pergunta: há algo de semelhante ocorrendo entre nós neste momento? </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l2 level1 lfo3; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Em termos de perigo para a pW, a autora não aborda certas questões fundamentais, como a possibilidade de descaracterização geral de algumas eW em relação àquela pedagogia. É interessante notar que todos os casos que ela relata como negativos são desvios em relação ao ideal da pW. Mas são casos pessoais, pontuais; ainda não representam um desvio generalizado de uma escola em relação aos princípios da pW. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l2 level1 lfo3; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Com o que não posso de modo algum concordar é que o livro seja público, como citado pela autora na p. 29. Ele deveria ter sido editado como material de estudo, vendido exclusivamente em eW e nos seminários de formação, e não como livro vendido em livrarias. Qual é a reação de uma pessoa que não tem a mínima ideia do que vem a ser a pW ao lê-lo? Provavelmente adquirirá uma péssima impressão da pW, pois o seu cerne trata de problemas, e não de resultados positivos, como os que se pode ler no excelente trabalho de Wanda Ribeiro e Juan Pablo [</span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/mitos.htm"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">19</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">] entrevistando cerca de 100 ex-alunos formados na EWRS, citado na p. 37. No caso, os problemas não são da pW, como a autora devia ter mostrado caso a caso, e o que procurei fazer, mas problemas de seus professores e de pais; é possível que alguns dos últimos não souberam levar suas preocupações aos primeiros e às escolas. Não se deve também descartar que certas crianças realmente podem ser excessivamente problemáticas. Deve-se ainda considerar que há vários pais que fazem uma ideia errada de seus próprios filhos, ou idealizam-nos fora da realidade como já mencionei no ponto 6 deste item. Lembremos o que foi relatado no ponto 1 do </span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm#A8"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">item 8</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;"> acima: falta no livro, para o público em geral, uma introdução à pW e definição de termos do jargão W. Além disso, deveria haver uma avaliação da magnitude dos problemas, isto é, em média, quantos pais em cada classe sentem problemas como os relatados ou ainda outros. Sem isso, uma pessoa desavisada pode adquirir a falsa impressão de que esses problemas – relevantes – são generalizados, o que de maneira alguma é uma realidade. Qual é a reação de uma pessoa desavisada ao ler "Selecionei os relatos mais significativos dentre um universo surpreendentemente grande" (p. 32)? Pode ser que esse universo seja até ‘grande’ em números absolutos, mas o que importa no caso é o fator relativo: quanto casos negativos como os que ela relatou ocorrem nas eW em relação aos casos positivos, em que a criança vai até o fim do ensino fundamental e talvez do médio? Provavelmente muitos pais tiveram paciência com problemas como os relatados no livro, e depois ficaram felizes por seus filhos terem ido até o fim dentro de uma eW. É importante frisar que há vários pais, enganados pela pressão dos vestibulares, que tiram seus filhos no fim do ensino médio W para colocarem-nos em escolas que ostensivamente preparam para o vestibular; a esse respeito, veja-se meu artigo "Meu filho está terminando o ensino fundamental Waldorf, e agora?" [</span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/tirar-de-waldorf.html"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">20</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">]. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l2 level1 lfo3; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Note-se que a má impressão que o livro pode causar no público em geral engloba o "meio antroposófico" como um todo, como já exposto no comentário sobre a sua expressão "possíveis retaliações pelo meio antroposófico" citada no </span><span style="color: windowtext;"><a href="http://www.sab.org.br/pedag-wal/artigos/resenha-clarear.htm#A4"><span style="color: blue; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">item 4</span></a></span><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">. </span></li>
<li class="MsoNormal" style="color: black; line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-list: l2 level1 lfo3; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt;"><span style="font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">"Faço aqui algumas recomendações para as eW, que podem ser tiradas do livro: 1. As escolas deveriam ter um esquema de chamar os pais periodicamente, pelo menos uma vez por ano, para perguntar, em caráter confidencial, se teriam algo a comentar em relação à escola e aos professores; confirmando-se algum problema, deve-se tomar providências rápidas e relatar aos pais o andamento para a solução do mesmo; 2. Deveria haver uma regra de que qualquer problema com uma criança deve ser comunicado imediatamente aos pais (cf. 5.8, p. 113). 3. Se há tutoria pedagógica de professores de classe, e assim mesmo ocorrem problemas sem que se tomem atitudes para saná-lo, o tutor deve ser mudado. 4. Havendo essa tutoria, deve-se orientar os pais do ensino fundamental a tratar sempre dos problemas de seus filhos primeiro com o professor de classe e, se o resultado não for satisfatório, com o tutor e, em última instância, com a comissão coordenadora do ensino fundamental (que deveria existir em cada eW); 5. Os professores e tutores (tanto os pedagógicos quanto os de classe) devem ser orientados a jamais recusar uma conversa com os pais, dentro de um tempo relativamente curto (cf. 5.8, p. 117). </span></li>
</ol><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Em resumo final, do ponto de vista interno à pW, o livro parece ser uma excelente contribuição para o aprimoramento das escolas, dos professores e dos pais, como é a intenção declarada pela autora na p. 38. Certamente há e sempre haverá muito a ser melhorado nas eW, bem como na adaptação da pW para a época atual e para cada ambiente onde cada escola está inserida. </span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Nesse livro fica patente uma realidade: nas iniciativas antroposóficas, não se pode permitir nada mal feito, pois as forças adversas imediatamente usam as falhas para atacar a Antroposofia e suas aplicações. As eW deveriam conscientizar-se disso e fazer esforços muito grandes para sanarem as suas falhas. Em particular, a situação nas eW parece ser deficiente em relação a atitudes frente a professores inadequados e à participação dos pais, que devem ser mais ouvidos e esclarecidos.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto;"><span style="color: black; font-family: 'Verdana','sans-serif'; font-size: 10pt; mso-bidi-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Finalmente, do ponto de vista externo parece-me que o livro é um grande desserviço à pW e à Antroposofia, por induzir impressões errôneas das mesmas. Para o público externo a elas, em minha opinião o livro não clareia, obscurece.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">Abraço fraterno<br />
Ana Lúcia Machado</div>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com51tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-92038354757799848452011-08-27T09:28:00.000-07:002011-08-27T09:28:28.543-07:00A surpreendente simplicidade de Paulo FreireEstarei imersa em Paulo Freire esta semana, me preparando para uma apresentação sexta-feira na UniÍtalo. E já comecei lendo algo que me encantou.Questionado sobre qual a qualidade que considerava fundamental num educador, a resposta de Paulo Freire é de uma simplicidade surpreendente: <strong>"Gostar da vida".</strong> <br />
<br />
Reverencio este grande educador e acredito que para reencantar a Educação, precisamos de professores reencantados com a vida! Capazes de se admirar com a beleza da natureza que nos rodeia e capazes de irradiar para seus alunos o brilho do olhar que este sentimento desperta.<br />
<br />
abraço fraterno<br />
Ana Lúcia MachadoAna Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-9133846089010969062011-08-08T08:15:00.000-07:002016-08-12T11:45:28.259-07:00O MUNDO É BOM!<div class="Standard" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Sou grata a ciranda de minha infância que me deu a consciência de pertencimento, de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fazer parte do todo e de estar ligada ao outro, ao da minha direita e ao da minha esquerda,<span style="mso-spacerun: yes;"> e</span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que também mostrou-me que “tudo o que for ligado na Terra, será da mesma forma ligado<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nos Céus” (S. Mateus 18:18).</div><div class="Standard" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Standard" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Reverencio essa roda que com maestria prossegue trazendo em si a força do uno, do individual e igualmente carrega o ímpeto e o poder do todo, do ligamento e da interdependência existente entre os seres. Abençoadas sejam as cirandas infantis, que como<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>sementes se espalham e se depositam em solo novo e fértil; adormecidas parecem nada significar, porém em tempo certo manifestam-se como poderosa fonte de vida. Abençoadas sejam as rodas formadas por meninas e meninos que compõe um colorido diversificado e harmonioso.<br />
<br />
Feliz a criança que em sua infância pode fazer parte de uma ciranda e entoar as cantigas de rodas que a marcará para sempre. Enquanto se formarem cirandas nos quintais das casas, nos pátios de escolas, em praças e parques; enquanto crianças derem-se as mãos em grandes ou pequenos círculos, haverá a confiança de que o mundo é bom, e a esperança de transformação do ser humano e de suas relações.</div><div class="Standard" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="Standard" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">À essa ciranda devo o sentimento de valorização de minha própria existência e o de res<span style="font-family: 'Times New Roman','serif'; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Tahoma; mso-bidi-language: PT-BR; mso-fareast-font-family: 'Arial Unicode MS'; mso-fareast-language: PT-BR;">peito ao outro. Respeito aos meus pais, meus irmãos, respeito à todos que mesmo de passagem deixaram uma marca indelével em minha história. Profundo respeito aos meus mestres que me ensinaram o mistério oculto em cada ser vivente e a nossa total interligação e interdependência na sustentação da vida. À todos esses mestres minha eterna gratidão.</span><br />
<br />
Carrego em mim a ESPERANÇA de um mundo bom, justo e verdadeiro, e a responsabilidade de revelá-lo às novas gerações através desta lente. Este é nosso dever enquanto pais e educadores, este é o dever da NOVA ESCOLA, com a qual eu sonho todas as noites.<br />
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Apresentemos à criança um mundo BOM para que ela adquira autoconfiança e possa ter fé na humanidade e em suas infinitas possibilidades. Proporcionemos à elas vivências que suscitem gratidão pela VIDA. Criemos um ÚTERO EMOCIONAL para essa criança recém chegada a este mundo com o intuito de preservá-la e protegê-la durante a primeira infância até que possa caminhar com confiança.<br />
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"A infância não é uma coisa que morre em nós e seca uma vez cumprido o seu ciclo. Não é uma lembraça. É o mais vivo dos tesouros e continua a nos enriquecer sem que o saibamos." (Franz Hellens)<br />
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Abraço fraterno<br />
Gratidão eterna<br />
Ana Lúcia Machado</div>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-59875018085260091432011-08-02T13:40:00.000-07:002011-08-02T14:29:14.516-07:00TEMPO DE TREVAS NA EDUCAÇÃO<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="295" src="http://www.youtube.com/embed/4yZ0sYic9K4?fs=1" width="480"></iframe><br />
TEMPO DE TREVAS NA EDUCAÇÃO<br />
<br />
A educação está em CRISE, e não é de hoje, assim como a humanidade e a natureza também estão. Vivemos uma fase de transição, porém percebemos prenúncio do novo. Algo está ganhando forma.<br />
Hoje sou mãe de adolescente que cursa o Ensino Médio e sinto a angústia da falta de sentido da escola para os jovens. A escola precisa se reinventar. A escola atual não compreende mais o ser humano que está diante dela, não sabe se comunicar com a nova geração. Não consegue mais, repetindo as mesmas fórmulas, transmitir a beleza que há no mundo.<br />
<br />
Este vídeo é prova de que algo novo está chegando. Isso nos traz esperança. Ainda é noite, mas sabemos que o sol nascerá.<br />
<br />
Há um texto de Ricardo Guimarães publicado na Revista Trip em 2005 que faz referência a um momento político brasileiro, que traduz muito bem os sentimentos vivenciados nessa fase sombria de transição na Educação:<br />
<br />
"A consciência é como luz que mostra a realidade como ela é. Isso é bom.(...)<br />
Esse processo de mudança - de um ambiente de luz e sombra para um ambiente de luz - é desorganizador da sociedade porque todos os combinados feitos na sombra perdem valor. Pelo contrário, passam a destruir valor quando vem à tona.(...)<br />
<br />
Num primeiro momento, o sentimento é de indignação, mas aos poucos o medo e a desesperança, alimentados pelo tanto de sombra que existe em cada um de nós, podem tomar conta.<br />
<br />
Para não perder a esperança, seria bom olhar para esse processo como um momento épico de transformação da sociedade e não como um episódio de decepção (...)<br />
<br />
É melhor reconhecer que a mudança é cultural e coletiva, por isso profunda. Que vai ter muito desarranjo e sofrimento antes que surjam claramente os sintomas da saúde dos novos hábitos e costumes. Que vai piorar antes de melhorar.<br />
<br />
Sem essa perspectiva de evolução e aprendizado para viver num ambiente com mais luz, o quadro atual é desesperador.(...)"<br />
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Conheça mais, acesse o Projeto Educação Proibida<br />
<a href="http://www.educacionprohibida.com.ar/">http://www.educacionprohibida.com.ar/</a><br />
<br />
Abraço fraterno<br />
Ana Lúcia MachadoAna Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-14796859900854795092011-07-20T07:08:00.000-07:002011-07-20T07:08:43.714-07:00O Impacto que causa um pai sobre seus filhos<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="295" src="http://www.youtube.com/embed/2uxJhbB_eWM?fs=1" width="480"></iframe><br />
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A sabedoria divina fez com que a maior ferramenta a ser utilizada na educação dos filhos fosse o próprio exemplo de vida dos pais. Através da psicologia tantas pesquisas e estudos tentam indicar caminhos de sucesso na educação das crianças!!! Quantos livros ensinam segredos para os pais! Porém o mais eficaz e poderoso meio de educarmos nossos filhos é e sempre será através de nossas atitudes diárias. Deus é sábio e fez com que a autoeducação dos pais se tornasse o verdadeiro e único caminho para a educação dos filhos. <br />
abraço fraterno<br />
Ana Lúcia MachadoAna Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-48601092297135502252011-07-15T09:28:00.000-07:002011-07-15T09:28:18.404-07:00ESCOLA DE PAIS III<div class="materiaCredito">Já discutimos aqui a questão da superproteção aos filhos, a ausência da dor e da frustração na educação de crianças e jovens e as suas graves consequências. O texto a seguir reforça esse tema com total lucidez e objetividade. Eliane Brum é jornalista, escritora e documentarista. Tem uma coluna na revistaepoca.globo.com às segundas-feiras.<br />
Abraço fraterno<br />
Ana Lúcia Machado<br />
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Eliane Brum</div><div id="materiaContainer"><div class="fotoMateria box180"><img alt=" Divulgação" class="foto" height="220px" src="http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/foto/0,,50334665,00.jpg" width="180px" /><br />
<span style="color: #333333; font-family: 'Tahoma','sans-serif'; font-size: 21.5pt; letter-spacing: -0.75pt; mso-fareast-font-family: 'Times New Roman'; mso-fareast-language: PT-BR;">Meu filho, você não merece nada</span><br />
Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor. </div><br />
Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade. <br />
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Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste. <br />
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Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes. <br />
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Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade. <br />
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É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais? <br />
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Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país. <br />
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Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”. <br />
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Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer. <br />
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A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão. <br />
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Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude. <br />
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Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa. <br />
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Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir. <br />
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Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando. <br />
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O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa. <br />
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Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.<br />
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Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito. <br />
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Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência. <br />
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Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.<br />
<a href="http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI247981-15230,00.html">http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI247981-15230,00.html</a></div>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-56817554620445900882011-07-05T05:18:00.000-07:002011-07-08T12:38:58.931-07:00Consumo e escola por Luciane Lucas dos SantosEsse texto é da Professora universitária e pesquisadora Luciane Lucas dos Santos que convida a escola a assumir seu verdadeiro papel na sociedade - o de formação de indivíduos capazes de atuar socialmente. Luciane propõe uma reflexão sobre o consumo do ponto de vista pedagógico e aponta alternativas viáveis de atuação da escola nessa direção. É um texto profundo e instigante:<br />
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<a href="http://monoculturadoconsumo.blogspot.com/2011/05/consumo-e-escola.html?spref=bl">Serve o consumo para pensar?!: Consumo e escola</a>:<br />
<div class="post hentry"><h3 class="post-title entry-title"><b><span style="color: red;">A reflexão sobre o consumo no espaço da escola: </span></b></h3><div class="post-body entry-content" id="post-body-4253037421793194294"><div style="color: #cc0000;"><b>representações e outros assuntos na sala de aula</b></div><div style="color: #cc0000;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.eb23-arazede.rcts.pt/pagin%20auxiliares/img/escolas.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="237px" src="http://www.eb23-arazede.rcts.pt/pagin%20auxiliares/img/escolas.gif" width="320px" /></a></div><b><span style="color: #660000;"></span></b><br />
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Há algumas semanas aconteceu o primeiro chat de consumo do Instituto Alana. Não pude participar, mas fiquei pensando sobre o assunto, principalmente porque um dos pontos abordados foi a relação entre consumo e escola. Postei várias coisas no twitter pós-chat, mas queria compartilhar aqui algumas idéias.<br />
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O consumo não é um ato solitário. Isto quer dizer que ele não é tão individual como muitos de nós acreditamos. O coletivo tem papel importante nas decisões de consumo dos indivíduos, já que os sentidos em circulação nos bens são sociais. O consumo individual, portanto, tem, por trás dele, um olho coletivo. Como intervir, então, nas representações sociais hegemônicas - nas idéias dominantes de beleza, verdade, justiça, elegância, diferença etc?<br />
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Se os pais têm papel, em primeiro plano, nos hábitos de consumo dos filhos, a escola não ocupa um lugar menos importante. Deve debater e refletir sobre o mundo vivido, os valores em curso na sociedade, o resultado da disseminação destes valores. Isto não significa que ela deva ser responsabilizada isoladamente pelas idéias com que as crianças chegam em casa. É preciso entender que a escola é um microcosmo da vida em sociedade; nela, manifestam-se os vários "pensares". E é bom que esta interação aconteça. Por outro lado, a escola não deve eximir-se de seu papel por conta das orientações que o aluno recebe em casa. De novo: a escola é um microcosmo do mundo vivido, reunindo inevitavelmente muitos olhares e perspectivas. É importante que a escola estimule não só uma ponderação mais crítica da realidade, como também prepare os muitos "pensares" para maior justiça cognitiva. De modo geral, família e escola devem compartilhar o trabalho de reflexão sobre as transformações (desejáveis ou não) nos sentidos de infância/adolescência, como serem, ambas, espaço de estímulo para outras experiências de troca e consumo cultural.<br />
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No caso específico da escola, a discussão sobre o consumo deve ser mais profunda e não resumir-se a trazer o consumismo como tema de debate em uma ou outra aula. As veias internas do consumo como fenômeno social precisam ser expostas para que sejam estimuladas novas práticas na vida da criança / adolescente. É preciso, por exemplo, não apenas ensinar ciência, biologia, química, mas expor o discurso científico em sua pseudo-neutralidade. O modelo de produção que hoje referendamos, as tecnologias que empregamos, os avanços da tecnociência que aplaudimos têm efeitos no mundo concreto. Ainda assim e na contramão destes efeitos, a ciência é ensinada nas escolas como neutra, como a forma mais nobre de saber. Sempre como se outras formas de pensar o mundo fossem rigorosamente anacrônicas e sem valor. Parecemos ignorar que, por trás do discurso científico, hoje, subjaz um modelo de performance, de corpo, de vida, de limite.<br />
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É preciso expor, em aulas diversas, o apartheid social que resulta da transformação do espaço em mercadoria (a cidade não é pra todos, haja vista a distribuição dos equipamentos urbanos). Do mesmo modo, é preciso debater algumas representações dominantes nos livros escolares. Dizem que a escola tem que ser neutra. Ok. Mas sua aparente neutralidade faz circular conceitos de crescimento e desenvolvimento que se tornam palavras de ordem. Quem questiona o que o crescimento implica e a quem se destina? Porque desenvolvimento é uma palavra a priori boa nos livros escolares?<br />
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Exemplos não faltam para levantar maiores reflexões. Enquanto cartilhas e livros enaltecem o agronegócio com o seu "crescimento para o país", nem sempre trazemos à superfície alguns saberes usualmente silenciados em aulas de História e Geografia (camponeses que trocam sementes para manter a diversidade biológica, a não divisão cultura x natureza pelos indígenas, os direitos de terra para os povos quilombolas). É preciso criar o respeito por outras culturas e ensinar que a diferença não é má, desde que ela possa manter como igual a condição de conversa. Um camponês não é residual no seu conhecimento em relaçãoà tecnologia do agronegócio. Esta hierarquia construída por uma imaginário tecnológico naturalizou-se entre nós. É preciso que a escola estimule ouvidos e olhos para as mundivisões.<br />
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A diferença deixa de ser fator de enriquecimento sempre que vira distinção social - uma das molas mestres do consumo. Se o consumo gera pertencimento e é hj um dos principais marcadores identitários, é preciso que a escola fomente com criatividade outros modos de construção e fortalecimento da identidade, que estimule outros modos de integração e reconhecimento de grupo. Circuitos diretos de troca podem ser uma saída criativa para redimensionar politicamente o valor das trocas na constituição da identidade. Podem, também, desatrelar o consumo cultural do aspecto monetário que hoje o inunda. Não seria oportuno que os professores estimulassem clubinhos de gibis, de saberes e habilidades? As possibilidades de troca entre os alunos podem ser múltiplas, ajudando a desconstruir a idéia de que o dinheiro seja a única mediação possível nas trocas. Neste sentido, descortinar outros rituais não-ocidentais de troca em aulas de geografia, sociologia, etnomatemática, pode ser útil para desmistificar a idéia de que formas de troca que não envolvam dinheiro sejam qualitativamente inferiores. <br />
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Debater, na escola, o consumo é também debater a descartabilidade que caracteriza o contemporâneo. Antes de incensar a reciclagem, é preciso fazer as crianças refletirem sobre o caráter dúbio da velocidade, da inovação, da criação de objetos novos em folha. Contar a história de Leônia pode ser um bom começo e uma boa metáfora. Cidade invisível de Ítalo Calvino, Leônia mostra o modo automático como nos viciamos na novidade, não percebendo mais os custos sociais e ambientais deste mundo permanentemente fresco e renovado. Conforme denomina Beatriz Sarlo, trata-se, hoje, de "colecionar atos de consumo". Neste sentido, seria bom que a escola investisse em soluções pedagógicas capazes de fazer ver o dia seguinte do nosso "enaltecimento ao descarte e inovação tecnológicos". Muitas são as formas de suscitar esta curiosidade e esta percepção: fotografar o que está no lixo, buscar saber que fim as pessoas dão aos seus celulares, investigar em que países vão parar os computadores velhos de que se desfazem, por exemplo. <br />
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Em suma, a reflexão sobre o consumo, do ponto de vista pedagógico, precisa ser redimensionada. Os excessos de consumo sempre preocupam os pais, é verdade. Mas o nó górdio do consumo é anterior. Tem a ver menos com a quantidade e mais com a própria natureza do consumo que legitimamos. O consumo é um sistema de classificação social, já nos tinha advertido, de formas diversas, Simmel e Veblen (no século XIX) e Bourdieu, mais recentemente. Logo, o debate sobre o consumo é, antes, um debate sobre os valores que o mercado dissemina e a que o espaço da escola, como parte do mundo vivido, não está imune. Uma escola realmente preocupada com este tema deve introduzir questionamentos sadios nos diversos programas de aula (incluindo química, física, biologia, além das matérias de natureza "social"), além de criar situações (visitas, aulas na rua, fotografias, gravação in loco, produção de infográficos em sala etc), em que a criança/adolescente tome contato com a realidade resultante de um mundo que escalona pessoas pelo que têm. </div></div>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-31084230776075180302011-06-26T14:37:00.000-07:002011-06-26T14:37:01.772-07:00PROFESSORES: REFÉNS DE UM TEMPO TAREFEIRO?<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">“É o final de um período de ensino e faço a retrospectiva que deve ser, ao mesmo tempo, a base para preparar o que vem a seguir. Acumularam-se muitas questões não resolvidas. Sinto que a classe precisaria de um novo impulso. (...)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">(...) Certos acontecimentos que se repetem entre as crianças desencadeiam em mim antipatias previsíveis e reações rotineiras. E sei muito bem que tudo isso leva a bloqueios, contraria meus ideais de educação. (...)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">(...) Surgiram situações em que reagi de maneira inadequada porque estava cansado. Minhas forças esvaíram-se totalmente no preparo de uma matéria nova para mim, que me exigiu em demasia. Não será mais fácil durante a próxima época de História. Os livros já se amontoam em minha escrivaninha. (...) </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">(...) Enquanto leio o primeiro capítulo de uma obra de 300 páginas, logo percebo que ela pouco me ajudará para o ensino. Não obstante, continuo lutando enquanto o tempo se escoa, já sabendo que jamais conseguirei dar cabo da pilha de livros, apesar da certeza de que a obra decisiva se encontra ali na pilha. (...)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">(...) Assumi minha tarefa com entusiasmo e idealismo, mas agora estou exausto... só estou reagindo às exigências externas e que, por isso, jamais consigo satisfazê-las.(...)"</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">O relato acima<span style="mso-spacerun: yes;"> é de autoria do Profº Heinz Zimmermann em sua obra </span>“<strong>Forças que impulsionam a educação”, </strong>porém poderia ser o desabafo da maioria dos professores atuais. Nesse mesmo texto, mais adiante, o Profº Zimmermann conclui: “um professor assim é o oposto do que as crianças precisam”. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E como resultado de toda essa angústia, as seguintes perguntas são formuladas por ele:</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">- Como posso ganhar tempo?</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">- Como chego a ideias pedagógicas?</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: Calibri;">- Como supero minha falta de forças e de coragem?</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">O trabalho de um professor não se limita àquelas horas em sala de aula com os alunos. As atribuições e exigências <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>extras <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o período de ministração de aulas são enormes:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>desde a preparação das aulas em si, passando por tarefas burocráticas com preenchimento de formulários,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>preparação de reuniões pedagógicas, reuniões de pais, correções de cadernos de alunos, organização de exposições pedagógicas e eventos culturais do calendário anual escolar, elaboração e correção de provas, e muito mais. Com tantas tarefas a executar e prazos a cumprir, o tempo tende a comprimir, pressionar até a exaustão, provocando sobrecarga, desgaste e até mesmo o adoecimento do professor.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Existe nesse fazer contínuo, a tendência a uma cegueira quanto ao que é essencial. Corre-se o risco de uma escravidão do fazer, que resulta em ações automáticas, como uma máquina. É o fazer pelo fazer sem um sentido real, desprovido de consciência.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">O que leva a escravidão do fazer?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Quando rompemos a ligação existente do fazer com o ser, geramos ações desconexas, desintegradas de nós mesmos. Aquilo que somos não está mais presente na ação.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">As energias se esgotam ao executarmos tarefas sem a inteireza do ser, sem o devido foco no aqui e agora.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Existe a tendência de nos fragmentarmos entre um tempo que já passou, num lamento ou nostalgia, e entre um tempo que ainda está por vir, onde projetamos nossas expectativas, sem sabermos que o único tempo que nos pertence onde podemos verdadeiramente atuar, é o tempo presente.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">A falta de presença, de participação ativa nesse único tempo que nos é dado, impede o acesso a fontes de energia, pois o tempo sem o devido preenchimento de nossa consciência, interesse e envolvimento, escorre improdutivamente e mina nossas forças. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">O que dá sentido ao fazer humano é seu trabalho autoral, de natureza criadora, criativa, que só pode se manifestar a partir do interesse, entusiasmo e paixão por aquilo que fazemos. Somente quando atuamos com interesse e inteireza, podemos ser capazes de insights – ideias inspiradoras – que auxiliarão na prática pedagógica.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Portanto dois pontos precisam ser revistos com maior rigor: o primeiro de natureza mais técnica, exige a capacitação do lidar com o tempo por meio da organização, planejamento e discernimento das prioridades diante das exigências. Esse tempo é o tempo do relógio. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nesse aspecto a disciplina é da maior importância para o cultivo de uma relação saudável com o tempo tendo como objetivo produzir resultados satisfatórios. Porém necessitamos compreender também a existência do nosso tempo interior, que abriga nosso estado de espírito. Se entediados, o tempo passa devagar, se ansiosos, mais rápido, e se atentos ao presente, não vemos o tempo passar. O escritor Raduan Nassar em seu romance<strong> "</strong>Lavoura <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Arcaica"<strong> </strong>discorre sobre essa relação tão delicada do homem com o tempo dizendo que: <strong><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“O equilíbrio da vida está essencialmente nesse bem supremo, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e quem souber com acerto a quantidade de vagar ou de espera que se deve pôr nas coisas, não corre nunca o risco ao buscar por elas e defrontar-se com o que não é. Pois só a justa medida do tempo dá a justa natureza das coisas”. </strong></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">O segundo ponto, requer uma análise mais apurada sobre a metamorfose da vontade humana geradora de nossas ações. Da ação<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> instintiva</b> (da qual o animal compartilha com o homem) à ação resoluta, há níveis que vão se elevando à medida que a consciência aumenta. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando ajo sem nenhuma consciência, estou sendo levado por meus <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">instintos</b>. Ainda distante de minha consciência, há o agir<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> impulsivo</b>. Chamo de<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> aspiração</b>, quando minha ação ainda não é motivada por uma direção específica. A partir de um comprometimento, segue minha <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">intenção </b>um pouco mais direcionada. E com a intensificação do meu compromisso, alcanço a <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">resolução:</b> a decisão de agir com uma direção determinada, específica que conduzirá à realização, à ação em si, plena de consciência. Quando faço algo motivado pelo mais elevado nível da vontade humana, essa ação está totalmente integrada ao ser, é de domínio do ser. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Torna-se portanto um fazer autêntico, imbuído de sentido e entusiasmo, vemos então uma total integração do fazer ao ser.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Existe uma fonte renovadora de nossas energias. Ela pode ser encontrada nas pausas, na vivência do vazio e do silêncio penetrante, amoroso e absoluto. O silêncio se encontra entre os intervalos de nossa <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>inspiração e expiração. Nesse espaço de tempo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>vivemos a experiência de UNIDADE capaz de nos conectar ao TODO.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Que a partir dessa reflexão haja a busca para a libertação desse tempo escravo do fazer. Aproveito para desejar a todos os Professores <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>boas férias. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Abraço fraterno</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Ana Lúcia Machado</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-15730717704652182612011-06-08T14:58:00.000-07:002011-06-08T14:58:39.269-07:00ESPIRITUALIDADE NA EDUCAÇÃO<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Ao evocar lembranças do final dos anos 90, recordo o profundo sentimento de insatisfação em relação à minha vida profissional. A carreira de publicitária que abracei durante quase duas décadas passou então a não corresponder mais aos meus valores, e na busca por novos horizontes de atuação, meu coração pulsou forte pela área da Educação. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Após longa pesquisa descobri a Pedagogia Waldorf – primeira pedagogia que trouxe o trabalho do despertar da espiritualidade. Toda sua abordagem artística e o reconhecimento que somos seres espirituais passando por uma experiência material, me encantou, e foi então que deixei para trás uma carreira bem sucedida para alçar novos voos com o Curso de Formação de Professores da Pedagogia Waldorf.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Durante muito tempo ansiei que outras linhas pedagógicas despertassem para essa consciência espiritual, e qual não foi minha surpresa ao participar a semana passada da <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">I Jornada Itinerante dos Grupos de Estudos e Pesquisa</b> na Universidade UniÍtalo, com o tema <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O profundo despertar na Educação, </b>que reuniu os grupos de estudos <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">FIQUE, INTERESPE e GEPI,</b> constatar que esse despertar já aconteceu.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Esses grupos tem a proposta de estudar e pesquisar a abertura da consciência para novos paradigmas na Educação, resgatar valores e a espiritualidade do ser. Propõe a sensibilização do olhar, a escuta atenta, a aceitação e compreensão da própria biografia para o caminho de autoconhecimento, como base do trabalho do educador na construção de um saber com significado. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Falar sobre espiritualidade dentro das Universidades é a prova de que vivemos um novo tempo e que existe esperança para as futuras gerações.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">É o momento de derrubarmos barreiras filosóficas e nos unirmos para a troca de experiências que enriquecerão a todos e resultarão em escolas melhores.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Para saber mais sobre esses grupos acesse:</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><a href="http://www.pucsp.br/interespe/"><span style="font-family: Calibri;">www.pucsp.br/interespe/</span></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><a href="http://www.pucsp.br/gepi/"><span style="font-family: Calibri;">www.pucsp.br/gepi/</span></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Abraço fraterno</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: Calibri;">Ana Lúcia Machado</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><br />
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</div>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-61644003045660982932011-05-26T15:44:00.000-07:002011-05-26T15:44:59.131-07:00CLAREAR CHEGA À BOTUCATUA pedido da comunidade do Bairro Demétria, o livro <strong>"Clarear - a pedagogia Waldorf em debate"</strong> está disponível na lojinha da Demétria.<br />
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Localizado a 10 km da cidade de Botucatu - SP, o Bairro Demétria surgiu a partir do trabalho de agricultura biodinâmica iniciado na Estância Demétria em 1974.<br />
O Bairro é hoje um complexo que envolve diversas iniciativas relacionadas com agricultura biodinâmica, agricultura orgânica, saúde, artes e educação, e seus condomínios residenciais abrigam cerca de 800 habitantes, provenientes das mais diferentes regiões do país e de diversas partes do mundo. Visite o site e conheça mais:<br />
<a href="http://www.bairrodemetria.com.br/">http://www.bairrodemetria.com.br/</a><br />
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Parabéns a essa comunidade por seu empreendedorismo e espírito de vanguarda. Temos muito o que aprender com eles.<br />
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abraço fraterno<br />
Ana Lúcia MachadoAna Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5531413841625445357.post-18747885750475726402011-05-18T16:35:00.000-07:002011-05-19T08:21:10.344-07:00ESCOLA DE PAIS II<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Pela visão ampliada do Ser Humano fundamentada na Antroposofia, são <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>12 <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>os sentidos do homem apresentados por Rudolf Steiner (1861-1925) em sua Teoria dos Sentidos:</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Sentido do Tato, vital, movimento próprio ou cinestésico, sentido do olfato, paladar, visão, térmico ou do calor, e ainda da audição, palavra, pensamento e eu.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Para quem se interessar por esse tema e quiser conhecê-lo com maior profundidade, indico o livro “<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O organismo Sensório – sua perda e seu cultivo” </b>de Willi Aeppli, pois aqui abordarei brevemente apenas um dos sentidos - o sentido vital - que segundo Rudolf Steiner, é<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"> o sentido que permite a percepção do organismo como um todo e que é percebido pelo homem apenas quando algo nele não está em ordem em sua organização corpórea (mal estar). </b>Para ressaltar um aspecto importante do sentido vital, apresento um texto extraído de um trabalho elaborado pela Dra. Sonia Setzer em 2000, que diz assim: </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“A dor nos fornece uma orientação na vida: se caímos de uma escada, aprendemos a tomar cuidado para não cair outra vez. Nossa cultura tem a tendência de querer eliminar a dor. Não permitimos mais às crianças sentir cansaço físico, que não deixa de ser um tipo de dor; elas andam apenas de automóvel e não mais a pé ou de bicicleta. Acontece que esse tipo de cansaço é muito saudável. A pior forma de cansaço é aquela causada pelo tédio ou pelo excesso de impressões sensoriais. Basta comparar como nos sentimos depois de um dia de caminhada por campos e florestas ou um dia passado num parque de diversões ou shopping center.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Devemos ter em mente também que qualquer aprendizado depende de dor e cansaço, é um processo demorado, exaustivo, que requer esforço, repetição, e por isso também é doloroso. Em nossa vida cotidiana todavia, procuramos receber tudo o mais pronto possível, evitamos qualquer forma de esforço, buscamos a comodidade para nós, e também para as coitadinhas das crianças. Elas não deveriam sofrer, trabalhar, esforçar-se... Outra forma de dor é a dor da espera; queremos receber tudo imediatamente, não temos paciência, exigimos respostas imediatas e queremos ter logo todas as vontades satisfeitas. O mesmo aplica-se às crianças por nossa culpa. Elas precisam aprender a esperar; alguém ainda se lembra da expectativa, da espera ansiosa pelo aniversário, ou por aquela festa, ou a ânsia para que se possa finalmente realizar a viagem planejada há tanto tempo? <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Uma educação sem dor é semelhante à analgesia ou até mesmo à anestesia. Quem aprende a experimentar a dor “normal”, cotidiana, está preparado para suportar a dor do destino. </b>Quem não teve a oportunidade de fortalecer-se com as dorzinhas “normais”, vai refugiar-se nas mais diversas “analgesias”: drogas, álcool, outros vícios, sexo, “fugas” do mundo, quando tiver que enfrentar as inevitáveis dores do destino. Por outro lado, <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">onde não há vivência da dor, não pode surgir a compaixão.</b> Jamais poderemos ajudar alguém que esteja sofrendo se não tivermos tido vivências dolorosas.”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><strong><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Porque poupamos nossos filhos desses tipos de vivências: esforço físico, cansaço, frustrações, espera?</span></strong></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><strong><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">O que nós adultos, pais, vemos de tão negativo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nesses sentimentos que nos levam a essa atitude em relação aos filhos?</span></strong></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><strong><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Como podemos ensinar nossos filhos a tolerar as pequenas frustrações do dia a dia?</span></strong></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><strong><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Como podemos auxiliá-los a enfrentar as situações de adversidades da vida?</span></strong></div><span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">A superproteção enfraquece e impede o desenvolvimento da autoproteção e de recursos próprios de resistência , o que chamo de uma criança sem pele. O confronto com as adversidades da vida fortalecem a vontade. A dor, frustração, espera, são necessárias e salutares para o processo de aprendizado e amadurecimento infantil. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Através delas a criança tem a chance de desenvolver forças de resistências própria.</span><br />
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">No longa- metragem documentário de 2002 "<strong>Ser e Ter"</strong>, <strong> </strong>o cinesta francês Nicholas Philibert apresenta uma escola comunitária localizada na zona rural da França onde vemos uma única sala com apenas um professor trabalhando com uma turma de crianças entre 3 e 11 anos. O documentário é bem interessante e há uma cena em que o professor sai com seus alunos para uma caminhada, um passeio ao ar livre. Pelos prados podemos ver as crianças super agasalhadas num dia muito frio. Uma cena bem bucólica! </span><br />
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma amiga que foi viver por uns tempos em uma cidade pequena na Inglaterra, relatou assim que chegou que, na escola a professora de sua filha caçula saia todas as manhãs com as crianças para uma caminhada, independente da temperatura externa.</span><br />
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;">Lembro-me quando minha filha ainda estava no Jardim, que sua professora intentou uma atividade assim com as crianças, porém o medo que assola constantemente quem vive nas grandes metrópoles, impediu que tal intenção se concretiza-se. Romper os muros da escola não é tarefa fácil, mas devemos tentar.</span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
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<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">abraço fraterno</span><br />
<span style="font-family: "Helvetica Neue", Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Ana Lúcia Machado</span>Ana Lúcia Machadohttp://www.blogger.com/profile/04332178702342634470noreply@blogger.com6